Otamendi e Enzo podem dar primeiro título à I Liga portuguesa
Mundial2022
16 de dez. de 2022, 16:51
— Lusa/AO Online
Na história, nunca
um futebolista a atuar no campeonato luso foi campeão do Mundo, mas
cinco já pisaram os palcos lusos depois de se terem sagrado campeões,
casos do brasileiro Anderson Polga, dos espanhóis Iker Casillas e Joan
Capdevila, do francês Adil Rami e do alemão Julian Draxler, que está
atualmente no Benfica.Polga chegou ao
Sporting em 2003/04, para ficar até 2011/12, depois de ajudar o Brasil a
chegar ao ‘penta’ em 2002, prova em que alinhou em dois jogos
completos, no total de 180 minutos, frente a China e Costa Rica, na fase
de grupos.A época do adeus de Polga foi a
da chegada de Capdevila, que pouco contou para Jorge Jesus, na época
2011/12, única no Benfica, após ser totalista, embora sem ser figura de
proa, na campanha da Espanha rumo ao seu único título mundial, em 2010.Companheiro
de equipa do lateral esquerdo no Mundial de 2010, o guarda-redes
Casillas foi, provavelmente, a maior ‘estrela’ entre os campeões
Mundiais que ‘aterraram’ em Portugal, para representar o FC Porto, entre
2015/16 e 2019/20.Por seu lado, Rami
passou pelo Boavista na época 2020/21, ajudando o clube a manter-se na I
Liga, depois de em 2018 ter feito parte do elenco francês campeão do
Mundo, ainda que sem ter contabilizado qualquer minuto na Rússia.Na
presente temporada, um quinto campeão mundial rumou ao futebol
português, o médio alemão Julian Draxler, emprestado pelo Paris
Saint-Germain ao Benfica.Draxler, que
ainda não se impôs no conjunto comandado pelo seu compatriota Roger
Schmidt, fez parte da seleção alemã que venceu o Mundial de 2014, no
Brasil, onde, apenas jogou 13 minutos, mas no jogo mais emblemático da
prova, o 7-1 dos germânicos face aos anfitriões ‘canarinhos’, nas
meias-finais.Pelo futebol luso, passaram
ainda vários jogadores que não jogaram cá com esse estatuto, conseguindo
esse título depois de partirem, casos dos brasileiros Aldair (campeão
em 1994) e Edílson (2002) e do espanhol Carlos Marchena (2010), que
alinharam no Benfica, e dos também ‘canarinhos’ Branco e Ricardo Rocha
(1994), ex-jogadores de FC Porto e Sporting, respetivamente.Por seu lado, Jupp Heyckens, campeão pela RFA em 1974, foi treinador dos ‘encarnados’ em 1999/2000.Quanto
ao presente, o plantel do Benfica poderá, em breve, aumentar de um para
três o número de campeões mundiais, com o ‘capitão’ Otamendi, de 34
anos, e o jovem Enzo Fernández, de 21, a juntarem a Draxler, caso a
Argentina vença a final de domingo.Cumpridas
as meias-finais, Otamendi, que cumpre a terceira temporada na Luz,
depois de quatro no FC Porto (2010/11 a 2013/14), é um dos três
totalistas (570 minutos) da Argentina, juntamente com o guarda-redes
Emiliano Martínez e do avançado Lionel Messi, ao qual fez uma
assistência, face à Austrália.Por seu
lado, Enzo Fernández, chegado esta época à Luz, proveniente do River
Plate, começou como suplente, mas ascendeu à titularidade ao terceiro
jogo e não mais a perdeu, acumulando, em 443 minutos, um golo, ao
México, uma assistência, com a Polónia, e também um autogolo, infeliz,
com os australianos.Na seleção da
Argentina, mais um jogador passou pela Luz, ainda miúdo, o avançado
Ángel Di María (2007/08 a 2009/20), enquanto o lateral esquerdo Marcos
Acuña foi jogador do Sporting, de 2017/18 a 2019/20.A
Argentina está na final e precisa de vencer no domingo a França, em
Lusail, a partir das 18h00 (menos uma nos Açores)), para chegar ao seu
terceiro cetro.