“Os Últimos Dias de Emanuel Raposo” galardoado no Festival Caminhos

“Os Últimos Dias de Emanuel Raposo”, do realizador micaelense, Diogo Lima, foi vencedor de dois prémios, no Festival Caminhos, nomeadamente o de melhor ficção e melhor argumento original.



Autor: Susete Rodrigues/Lusa/AO Online

O filme de Diogo Lima foi produzido nos Açores com apoio do festival Walk&Talk, da RTP/Açores e de entidades privadas, retratando ao longo de 47 minutos os percalços de um apresentador da televisão pública açoriana, interpretado por Mário Roberto, ao aproximar-se da reforma no início dos anos 90.


Segundo a sinopse, “nas gravações do último episódio do programa que marca a sua despedida do pequeno ecrã, uma semana turbulenta de trabalho coloca Emanuel Raposo em rota de colisão com os seus colegas de trabalho e em confronto com a aproximação do fim da sua carreira”.


O documentário “Alcindo”, de Miguel Dores, que parte da história do homicídio de Alcindo Monteiro para falar sobre racismo em Portugal, venceu o grande prémio do Festival Caminhos. “Alcindo” recebeu também o prémio de melhor documentário, informou à agência Lusa a organização do Festival Caminhos.


“Metamorfose dos Pássaros”, de Catarina Vasconcelos, que aborda as memórias de infância e juventude de vários membros da família da realizadora, venceu o prémio de revelação, de melhor realização e ainda o prémio do público.


Segundo a organização, “Noite Turva”, de Diogo Salgado, venceu a melhor curta-metragem e “Seja como for”, de Catarina Romano, foi a melhor animação.


O prémio da imprensa foi para “O Táxi de Jack”, de Susana Nobre, atribuindo uma menção honrosa para “O Lobo Solitário”, de Filipe Melo, que recebeu também o prémio D. Quijote, atribuído pelo júri da Federação Internacional de Cineclubes, e o de melhor banda sonora original.


Pedro Lacerda foi considerado o melhor ator, com as suas participações em “Terra Nova” e “Arte de morrer longe”, e Diana Neves Silva a melhor atriz, no filme “Luz de Presença”, de Diogo Costa Amarante.


Na seleção Ensaios, dedicada a filmes produzidos em contexto académico, os vencedores foram Catarina Henriques, com “Camaradas de Armas”, e Caren Wuhrer, com “Silent Zone”, que arrecadaram os prémios nacional e internacional, respetivamente.


Já na seleção Outros Olhares, dedicada a obras de linguagem experimental, venceu “A nossa terra, o nosso altar”, de André Guiomar, documentário que se centra no bairro do Aleixo, no Porto.