Ordens da saúde aprovam taxa do sal mas querem medidas adicionais
22 de nov. de 2017, 11:47
— Lusa/AO online
Num
documento enviado à Assembleia da República, a que a agência Lusa teve
hoje acesso, as Ordens dos Médicos, dos Nutricionistas, dos Enfermeiros,
dos Farmacêuticos e dos Médicos Dentistas dão o seu "parecer favorável"
à aplicação de medidas sobre o excesso de sal nos alimentos, como a
prevista na proposta do Orçamento do Estado para 2018.Mas
paralelamente, as ordens querem ver garantidas iniciativas para a
promoção da educação alimentar e medidas junto da indústria para a
reformulação de produtos, segundo o documento enviado ao presidente da
Assembleia da República e aos grupos parlamentares e a que a agência
Lusa teve acesso. A
diminuição do consumo de sal "deverá ser uma das prioridades
nacionais", escrevem as ordens profissionais, lembrando o consumo
excessivo em Portugal e as doenças associadas ao excesso de sal. Em
declarações à agência Lusa, a bastonária dos Nutricionistas defendeu
que a verba resultante da taxa sobre produtos com excesso de sal seja
aplicada diretamente em medidas de promoção da alimentação saudável. Alexandra
Bento frisa que as ordens não querem que a taxa sobre os produtos mais
salgados "seja encarada somente como uma medida para obter receita". "Temos
de pegar na verba que seja arrecadada e usá-la diretamente na promoção
da alimentação saudável, aplicando-a totalmente para este fim", afirmou a
bastonária. A
taxa sobre alguns produtos com elevado teor de sal está prevista na
proposta de Orçamento do Estado para 2018, mas partidos como o PCP e o
CDS já vieram por em causa a aprovação desta medida.