Ordem reúne com sindicatos para preparar documento dos enfermeiros das misericórdias e IPSS
24 de mai. de 2024, 16:13
— Susete Rodrigues/AO Online
No entender de Pedro Soares, presidente
da Secção dos Açores da Ordem dos Enfermeiros, deve “acontecer
um acordo coletivo de trabalho exclusivo para os enfermeiros,
principalmente dadas as características ímpares da profissão”,
disse citado em nota imprensa, acrescentando que a Ordem dos
Enfermeiros, “não se querendo imiscuir nas atividades de foro
sindical, não pode não agir quando está em causa a dignidade da
profissão”.
Relembrando que há enfermeiros a
auferir mensalmente líquido “pouco mais do que o ordenado mínimo
nacional”, o presidente da Ordem nos Açores considera, ser
“injusto e é claramente um convite à desertificação dos
cuidados de enfermagem nestas instituições, como já acontece em
algumas”.
Para Pedro Soares, “há a necessidade
de as IPSS e misericórdias conseguirem ter condições que vinculem
as suas equipas de enfermagem, e se crie condições para se fixarem
e desenvolverem, numa área tão importante no sistema regional de
saúde como é o social”.
O presidente da Ordem dos Enfermeiros
nos Açores, alerta que sem condições atrativas, será “cada vez
mais seja difícil atrair enfermeiros e, claro, os cuidados
oferecidos a esta população serão de menor qualidade, coisa que
não queremos de maneira nenhuma”.
A finalizar Pedro Soares destaca a
abertura dos sindicatos, da União Regional das Instituições
Particulares de Solidariedade Social dos Açores (URIPSSA) e da União
Regional das Misericórdias dos Açores (URMA), no sentido de “todos
juntos encontrarmos uma solução viável e justa, apesar das
dificuldades atuais. Para nós, é o cumprir de uma promessa em não
deixarmos ninguém sozinho e tudo faremos para que alguns bons
exemplos que já existem nesta matéria se tornem regra para todos”.