Ordem está satisfeita com a “correção de injustiças”
17 de ago. de 2024, 18:35
— Rafael Dutra
A Secção Regional da Região Autónoma dos Açores da Ordem dos Enfermeiros
diz estar satisfeita com a “correção de injustiças” relativamente às
carreiras de enfermagem.“Este é efetivamente um processo muito
difícil, estamos a corrigir quase duas décadas de injustiças,
esquecimentos, numa classe que sempre disse presente. Temos perfeita
noção do esforço que a região está a fazer nestes últimos dois anos e
meio no sentido de que todos os Enfermeiros açorianos tenham aquilo que
por direito lhes pertence, e hoje é possível perceber que finalmente
haverá uma valorização da classe, sendo exemplo para o que se passa a
nível nacional”, afirmou o presidente da Ordem dos Enfermeiros nos
Açores, após reunião com a Direção Regional da Saúde.Citado em nota
de imprensa, Pedro Soares aponta para o reposicionamento dos
enfermeiros especialistas e gestores, que estavam em escalões
intermédios, “inclusive com colegas mais novos em posições
remuneratórias mais avançadas”, o que na sua ótica “criava situações
desmotivantes e injustas, entre outras situações práticas”, que
começaram “finalmente” a serem corrigidas.“Como disse no passado,
este processo que vimos defendendo para mais de cinco anos é uma
maratona, com encruzilhadas legais, injustiças, erros, e sem a sua
correção os cuidados de enfermagem viam a sua sustentabilidade nas
nossas ilhas em causa”, recordou Pedro Soares.E prosseguiu:
“Efetivamente ainda não terminámos, e devemos ser o mais célere possível
no que ainda falta, situações perfeitamente identificadas,
contabilizadas, e com impacto nas nossas instituições no dia a dia, mas
principalmente nas diversas equipas, e foi isso que hoje discutimos,
desenhando estratégias para as próximas etapas”. Tendo em
consideração a falta de enfermeiros nas instituições, o representante da
Ordem dos Enfermeiros nos Açores, lamentou que na Região existam
“concursos a ficarem desertos”, e que hajam “algumas instituições
privadas que ao invés de contratarem, estão a aderir ao Estagiar L,
alguns não cumprindo depois na prática as respetivas regras, apelando
ainda aos novos enfermeiros a não aderirem a esta prática abusiva e
exploratória”.