Ordem dos Médicos aprova especialidade de Medicina de Urgência
23 de set. de 2024, 12:03
— Lusa/AO Online
A
proposta foi aprovada na reunião que está a decorrer esta segunda-feira do órgão
deliberativo da OM que tem a competência para decidir sobre a criação ou
extinção de especialidades e criar subespecialidades.Fonte
da ordem adiantou à Lusa que a nova especialidade de Medicina de
Urgência e Emergência "acaba de ser votada a favor" na Assembleia de
Representantes.A criação desta
especialidade tinha sido “chumbada” no final de 2022 pela Assembleia de
Representantes da ordem, mas o processo foi reaberto por um grupo de
trabalho criado no início deste ano.O
objetivo da OM é que seja possível iniciar a formação de médicos
especialistas em Medicina de Urgência e Emergência já a partir de
janeiro de 2025.Com a “luz verde” dada na
reunião de hoje, será criada uma comissão instaladora que se vai
deslocar a serviços de urgência para aferir quais os que têm condições
para receber médicos internos.Na sequência
desse trabalho, será transmitido ao Ministério da Saúde quais os
serviços de urgência que poderão receber a formação da nova
especialidade, no sentido de serem incluídos no mapa de vagas que é
publicado em novembro.A criação desta nova
especialidade consta também do Plano de Emergência e Transformação da
Saúde do Governo, com o ministério de Ana Paula Martins a pretender
abrir já no próximo ano as primeiras vagas para formar especialistas em
Medicina de Urgência.“Dada a importância
desta medida, estão já a ser realizados esforços no sentido de se
aprovar a criação da especialidade Médica de Urgência até ao final de
2024, para em 2025 serem disponibilizadas as primeiras vagas para
internato”, refere o plano aprovado pelo executivo no final de maio.Esta
medida é uma das que o Ministério da Saúde considera prioritárias no
eixo “Cuidados Urgentes e Emergentes” do plano, com o objetivo de
permitir a especialização médica numa área de impacto direto na
qualidade dos cuidados de saúde prestados a doentes que correm risco de
vida.No documento, o Governo salienta que
esta especialidade é “firmemente reconhecida” e existe já em 31 países
da Europa e em cerca de 83 países a nível mundial.