Ordem dos Farmacêuticos reivindica implementação de carreira nos Açores
19 de mar. de 2019, 10:06
— Lusa/AO Online
“Volvido um ano ainda
esperamos sem qualquer justificação. Senhor secretário não podemos
esperar mais. Garanta aos farmacêuticos, que sempre responderam
prontamente às necessidades do Serviço Regional de Saúde que servem, o
cumprimento da legislação e a equidade dos seus pares a nível nacional”,
avançou. Ana Margarida Martins falava, em
Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, na cerimónia da sua tomada de
posse enquanto delegada regional da Ordem dos Farmacêuticos, presidida
pelo secretário regional da Saúde, Rui Luís.O decreto-lei que estabelece o regime legal da carreira farmacêutica foi publicado em 30 de agosto de 2017. Segundo
a delegada regional, depois de duas décadas de luta pela diferenciação,
os farmacêuticos assistiram em março de 2018 “à implementação da tão
almejada carreira em todo o território nacional, com exceção da Região
Autónoma dos Açores”.“Somos farmacêuticos e é assim que temos o direito de ser reconhecidos”, sublinhou Ana Margarida Martins.Em resposta, o secretário regional da Saúde disse que a carreira farmacêutica seria uma realidade nos Açores “em breve”.“Toda
a análise da especificidade própria da Região Autónoma dos Açores, dos
aspetos legais e financeiros, está na sua fase final de análise.
Portanto, muito em breve teremos a possibilidade de, junto do sindicato
respetivo, termos uma próxima reunião no sentido de ultimar todas essas
componentes”, adiantou.Rui Luís destacou,
por outro lado, que este ano todas as unidades de saúde dos Açores com
internamento terão um farmacêutico, o que também era uma reivindicação
da Ordem.“Posso aqui garantir-vos que já
no ano passado fizemos a contratação de um farmacêutico para a Unidade
de Saúde de Santa Maria e este ano já está autorizada a contratação de
um farmacêutico para a Graciosa e para a ilha do Pico”, apontou.Por
sua vez, a bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, Ana Paula Martins,
disse que os Açores são “um exemplo em vários domínios” e frisou que,
com Rui Luís, “palavra dada é palavra honrada”.“Sem
nunca nos ter prometido aquilo que não poderia prometer, empenhou-se em
garantir que, dentro daquilo que é possível ao Governo Regional e que
não é irrealista, haveria de facto essa atenção a que nas diversas
unidades de saúde da olha estivesse a presença de um farmacêutico”,
afirmou, sublinhando a importância desta medida no “reforço da segurança
da prestação de cuidados de saúde”.