Orçamento Plurianual da União Europeia de 1,09 biliões de euros aprovado
17 de dez. de 2020, 18:52
— Lusa/AO Online
Após a aprovação pelo
Parlamento Europeu (PE) do orçamento durante a sessão plenária de
quarta-feira, os fundos europeus podem assim começar a ser mobilizados a
partir do dia 01 de janeiro de 2021. O
orçamento plurianual da UE prevê a mobilização de 1,09 biliões de euros
nos próximos sete anos, tendo sido reforçado, após as negociações entre a
presidência do Conselho da UE e o Parlamento Europeu, em 15 mil milhões
de euros relativamente à proposta inicialmente feita pelos líderes dos
27 em julho. Essas verbas adicionais
serão, em grande parte, mobilizadas através de multas impostas a
empresas por violações em matéria de concorrência e serão sobretudo
destinadas ao reforço de “programas emblemáticos da UE”, como o programa
de intercâmbio Erasmus+ ou o programa de investigação Horizonte Europa.Em
comunicado, o Conselho da UE frisa que o orçamento da UE “será
direcionado para novas e reforçadas prioridades em todos os domínios de
intervenção da UE, incluindo a transição digital e verde”.“A
política de coesão e a política agrícola comum continuarão a receber um
financiamento significativo e irão ser modernizadas para garantir que
contribuem da melhor forma para a recuperação económica e para os
objetivos ecológicos e digitais da UE”, frisa o comunicado. O
orçamento aprovado prevê também um ‘roteiro’ para a introdução de
novos recursos próprios tais como impostos sobre o digital e sobre as
transações financeiras, o mais tardar até 2026.Na
quarta-feira, após a aprovação do orçamento pelo PE, o presidente do
hemiciclo, David Sassoli, referiu que se tratava de um “orçamento
histórico para um momento histórico”.“É um
orçamento histórico para um momento histórico. Estabelece as bases para
um novo começo: uma Europa mais verde e mais justa. Agora é o momento
de termos a coragem política e ideológica para levarmos a cabo esta
transformação radical", referiu Sassoli. Na sua conta oficial da rede
social Twitter. Falta agora que o Fundo de
Recuperação da UE – de um montante de 750 mil milhões de euros – seja
implementado, o que só acontecerá quando os parlamentos nacionais dos
Estados-membros ratificarem a legislação que permite à Comissão Europeia
ir aos mercados emitir dívida para financiar o fundo. Assim
que isso acontecer, a UE ficará assim com um pacote total de 1,8
biliões de euros para os próximos sete anos, dando vida ao que o
primeiro-ministro português, António Costa, qualificou de ‘bazuca
europeia’.