Orçamento para 2019 de Vila Franca do Campo é superior a 9 ME
11 de dez. de 2018, 16:23
— Lusa/AO Online
O documento foi aprovado com 17 votos a favor do PS, um voto a favor do PSD e nove votos contra do PSD.O
presidente da autarquia, Ricardo Rodrigues, referiu que os
investimentos a realizar, alguns com apoio de fundos comunitários,
pretendem dar "melhor qualidade de vida aos vilafranquenses e uma
atenção especial à juventude", já que o documento "tem inscrito, pela
primeira vez, a atribuição de bolsas de estudo para estudantes
universitários com fracos recursos financeiros" e privilegia também "o
mérito nas notas"."Manteremos
os apoios sociais, através do fundo de emergência social e no apoio à
habitação degradada para pequenas reparações em obras de famílias
carenciadas", acrescentou o autarca, em declarações à agência Lusa.De
acordo com Ricardo Rodrigues, "nos últimos anos, o orçamento da Câmara
Municipal de Vila Franca do Campo variou entre nove e dez milhões de
euros e, no próximo ano, será de 9,7 milhões de euros". "Assim
damos continuidade a um processo de modernização administrativa, que já
se iniciou, mas que, para o ano, tem um investimento de cerca de 734
mil euros que visa realizar obras no edifício da Câmara Municipal e
também em Ponta Garça, a maior freguesia do concelho, com a criação da
loja do munícipe", adiantou.Para
o próximo ano, a autarquia de São Miguel prevê a criação do roteiro das
olarias e dar continuidade à reconstrução do parque recreativo e de
lazer da Mãe de Deus, onde está inserido o campo de jogos, fechado há
mais de 15 anos, uma obra que já se iniciou com recurso a fundos
comunitários. A
requalificação da Praia do Corpo Santo, cuja encosta está com problemas
de sustentabilidade, é outra obra que está inscrita no orçamento de
Vila Franca para o próximo ano, a par da reabilitação do Mercado de
Peixe, uma obra que será realizada com recurso a fundos comunitários.Ricardo
Rodrigues afirmou que "a câmara tem a situação financeira equilibrada",
mas sublinhou que é preciso "não esquecer que há uma forte inscrição no
orçamento para pagamento das dívidas do passado", alertando que "cerca
de um terço de recursos é destinado ao pagamento de dívidas, o que
compromete muito a capacidade de apoios aos munícipes".O
presidente da Junta de Freguesia da Ribeira Seca, eleito pelo PSD, mas
que votou a favor do orçamento, justificou à Lusa o voto favorável com o
facto de o documento ter medidas que, "a serem concretizadas, serão
benéficas para o concelho, nomeadamente a inscrição de verbas para a
continuação das obras do parque recreativo da Mãe de Deus onde se inclui
o campo de futebol, há muitos anos inativo".Emanuel
Medeiros sublinhou ainda que o documento prevê "o reforço" das
transferências de verbas para as juntas do concelho, salientando também
"a boa colaboração que há entre a junta e a autarquia", que "não faz
qualquer discriminação pela cor partidária".