Orçamento militar dos EUA “encoraja” exploração de “opções adicionais” para Base das Lajes
16 de nov. de 2017, 17:08
— Lusa/AO Online
O
ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, anunciou
quarta-feira no parlamento que o orçamento recomenda ao Pentágono que
analise "usos adicionais para a presença militar" norte-americana, mas o
presidente do executivo açoriano, Vasco Cordeiro, desmentiu hoje essa
informação. Tanto
a Câmara dos Representantes como o Senado já aprovaram uma versão do
orçamento, mas os dois documentos eram diferentes e por isso passaram as
ultimas semanas num comité conciliatório que produziu uma versão final.
"Os
conferencistas encorajam o Departamento de Defesa a explorar opções
adicionais para manter a presença na Base das Lajes em apoio às missões
de segurança nacional", lê-se no documento consultado pela Lusa, e
confirmado por uma fonte da Câmara dos Representantes. O
documento apresenta apenas sugestões, no entanto, enquanto que a versão
original da Câmara dos Representantes incluía uma série de exigências. O
documento foi aprovado na terça-feira pela Câmara dos Representantes e
deverá ser votada pelo Senado nas próximas semanas, seguindo depois para
o Presidente Donald Trump, que o deve promulgar.O
orçamento nota "os longos e próximos laços políticos, económicos e
estratégicos entre os EUA e Portugal, e a cooperação significativa entre
as duas nações" e "reconhece a importância estratégica continuada da
Base Aérea das Lajes e as suas contribuições para a segurança global"."Os
conferencistas também encorajam o Departamento de Defesa e o
Departamento de Estado a continuar os esforços com os representantes
portugueses e açorianos, incluindo através da Comissão Bilateral
Portugal-EUA, para explorar opções de cooperação no desenvolvimento
económico regional dos Açores e para minimizar os impactos para a
população local da consolidação da estrutura e operações da Força Aérea
nas Lajes", lê-se no documento.No
orçamento originalmente aprovado pela Câmara doas Representantes em
julho, eram feitas uma série de exigências relativas às Lajes,
incluindo, por exemplo, que a Secretaria de Defesa indicasse o custo de
transformar a base das Lajes num campo para exercícios de guerra aéreos e
subaquáticos. Eram
também pedidas estimativas do custo de expansão da largura de banda, do
custo para conectar a infraestrutura existente a cabos submarinos, uma
justificação para que a base seja um local para militares não
acompanhados, o custo de ocupação do alojamento na base por membros das
forcas armadas, uma avaliação das suas capacidades para acolher duas mil
pessoas e um relatório sobre o impacto ambiental dos depósitos de
combustível na região. Essa
linguagem, no entanto, desapareceu na versão que o Senado aprovou em
setembro e não foi agora recuperada no texto conciliatório.