Orçamento dos Açores deve fixar incentivos para professores
10 de set. de 2024, 17:11
— Lusa/AO Online
Em
declarações à agência Lusa a propósito do arranque de mais um ano
letivo nos Açores, António Fidalgo referiu que “há largos anos que os
incentivos [para a fixação dos professores] estão previstos na lei”, mas
“nunca foram regulamentados e aplicados”.“É
verdade que no último ano já havia a vontade expressa da secretária
regional [da Educação] para fazer os incentivos, mas não houve orçamento
para o poder fazer. Já o estatuto de 2015 tinha previsto os incentivos,
mas verdadeiramente nunca foram aplicados”, afirmou o sindicalista.António
Fidalgo alertou que, se os incentivos não forem aplicados, “nas ilhas
mais pequenas haverá ainda mais dificuldades em atrair e fixar os
docentes”.O presidente do SDPA referiu
ainda que na última revisão do estatuto, em 2023, por proposta do
sindicato, “conseguiu-se alargar os incentivos, mas é essencial que, no
orçamento que agora vem, sejam fixados, regulamentados e reforçados”.Além
dos transportes e valores pecuniários, há que encontrar soluções para a
"falta de habitação e preços elevados" nas ilhas mais problemáticas,
“melhorando bastante a oferta disponível”, defendeu o líder do Sindicato
Democrático de Professores dos Açores.António
Fidalgo destacou também a sua preocupação com a “falta de docentes com
profissionalização para ocuparem os lugares necessários nas várias
ilhas”, afirmando que “houve 88 horários por ocupar”, tendo sido
lançados estes lugares na Bolsa de Emprego Público dos Açores “para se
completar as necessidades das escolas”.“A
acrescer a isso, temos ainda o lançamento de horários de substituição
temporária que não estarão, ainda, totalmente, garantidos”, afirmou.O
arranque do ano letivo 2024/2025 decorre desde segunda e até
quarta-feira nos Açores