Orçamento dos Açores com “margem” para incluir propostas até à votação

“Existe o compromisso quer do senhor presidente do Governo dos Açores, quer por parte do senhor secretário das Finanças de que, independente dos prazos, até ao momento da votação e da discussão do nosso parlamento, há margem para aceitar aquelas propostas que se considerem aceitáveis”, declarou Gualter Furtado.O presidente do CESA falava em Ponta Delgada, nas instalações daquele órgão que reuniu em plenário para apreciar o Plano e Orçamento da região para 2021.Gualter Furtado avançou que o documento foi entregue ao CESA no dia 04 de março, pelo que os pareceres dos conselheiros não vão ser enviados ao presidente do Governo Regional, o social-democrata José Manuel Bolieiro, antes da entrega na Assembleia Regional.“Nós recebemos esses documentos no dia 04 de março, os conselheiros tinham um prazo de 20 dias úteis para dar esses pareceres que não vão chegar a tempo útil antes da entrega dos documentos no parlamento”, apontou.Questionado sobre se o Orçamento da região consegue abarcar todos os setores afetados pela Covid-19, o economista que preside ao CESA salientou não ter notado uma “desconformidade” entre as áreas alvo de investimento.“As intervenções que foram feitas, sem prejuízo de uma avaliação dos documentos mais pormenorizada, mas, enfim, não notei que houvesse uma desconformidade gritante entre os documentos apresentados”, apontou.Após quatro horas de reunião, Gualter Furtado enalteceu a “participação muito ativa” dos membros do CESA.“Hoje é o último plenário deste primeiro mandato. Eu não queria deixar de sublinhar isso: há uma elevada qualidade, o termo é essa qualidade, dos membros desse CESA. Temos um CESA que nos deve orgulhar porque tem qualidade e há uma vontade de exercer cidadania”, destacou.A 25 de fevereiro, o economista Gualter Furtado foi reeleito presidente do Conselho Económico e Social dos Açores, em votação tida em plenário do parlamento regional, na cidade da Horta.A proposta de Orçamento dos Açores para este ano é de cerca de 1.900 milhões de euros, dos quais 165,7 milhões destinados ao transporte aéreo e à reestruturação da SATA, avançou à Lusa, na semana passada, o secretário regional das Finanças.