Orçamento do Comité Olímpico de Portugal para 2026 aprovado por unanimidade

Hoje 10:45 — Lusa/AO Online

Numa reunião de forma inédita aberta à comunicação social, todos os presentes na assembleia plenária aprovaram o documento que prevê um resultado positivo de 5.560 euros, decorrente de gastos de 12,288 milhões de euros (ME) e 12,293 ME de rendimentos.“Acima de tudo, creio que é uma manifestação de confiança relativamente ao trabalho que temos vindo a desenvolver”, começou por dizer o presidente do COP, em declarações à agência Lusa, recordando que este documento dá sequência ao orçamento retificativo, aprovado em setembro, mas, sobretudo, às aspirações das várias federações.Apostado em concretizar a promessa eleitoral de centrar a atenção do organismo olímpico no atleta, Fernando Gomes não escondeu a satisfação com a unanimidade recebida.“Esta manifestação, por parte das federações, aprovando o orçamento por unanimidade, deixa-nos obviamente muito satisfeitos por ver reconhecido o trabalho que temos vindo a fazer em prol daquilo que sempre definimos que era o objetivo da defesa do atleta, da promoção do atleta e, acima de tudo – tendo em linha de conta o reforço de 30% anunciado pelo Governo das verbas para a preparação olímpica para Los Angeles2028 –, permite-nos perspetivar que esse esforço pode melhorar a preparação dos atletas, tendo em vista a obtenção de melhores resultados”, explicou.Após a reunião magna do COP, que contou com mais de duas dezenas de federações de modalidades olímpicas, Gomes assinalou a possibilidade de aumentar o apoio aos atletas na preparação para os próximos Jogos Olímpicos, com o reforço de 22 para 30 ME do contrato-programa da preparação olímpica para Los Angeles2028, relativamente a Paris2024.“Todo o valor que recebermos do plano de preparação olímpica é todo para os atletas, ao nível das bolsas dos atletas e dos treinadores e para o apoio feito pelas federações. Estamos a delinear uma estratégia para criar uma equipa multidisciplinar ao nível da psicologia, da nutrição, ao nível do apoio médico, para que os atletas sintam também da nossa parte um apoio suplementar que lhes permita melhorar a sua preparação, sempre com o objetivo de obter os melhores resultados”, vincou.Após ter sido eleito presidente do COP em 19 de março de 2025, com 103 votos, contra 78 do adversário Laurentino Dias, Fernando Gomes hoje acolheu uma aprovação unânime, que saudou.“Para já, quero saudar o nível de participação que esta assembleia teve – praticamente todas as federações olímpicas estiveram presentes – e pelo sinal de confiança que transmitiram à comissão executiva do COP, relativamente àquilo que foi submetido à aprovação. Isso deixa-nos, naturalmente, satisfeitos e entendemos como um sinal positivo, de que estamos no bom sentido”, concluiu.Além do orçamento, para 2026, ano com três missões, aos Jogos Olímpicos de Inverno Milão-Cortina, aos Jogos do Mediterrâneo de Taranto e aos Jogos Olímpicos da Juventude de Dakar, constava ainda na ordem do dia a definição das condições para o apoio à contratação de profissionais qualificados para as federações desportivas.Este regulamento visa dar sequência a uma dotação de quase 11 ME para a contratação, por um período de quatro anos, de diretores técnicos e gestores desportivos, estes com grau académico obtido em 2022 ou depois.A proposta apresentada pelo COP foi aprovada por maioria, com a abstenção da Federação Portuguesa de Voleibol, por considerar que as estruturas que já contam com diretores técnicos ficam excluídas de obter estes apoios.