Orbán espera que UE compense Hungria pelas despesas com segurança nas fronteiras
13 de set. de 2024, 11:26
— Lusa/AO Online
Orbán defendeu a
proteção das fronteiras implementada desde a crise migratória de 2015
como um elemento-chave da segurança nacional.No
caso da Hungria, país que assume no atual semestre a presidência
rotativa da UE, são as fronteiras externas dos 27 que estão em causa.Tal
como tem feito nos últimos dias, o chefe do executivo húngaro ironizou
com o facto de a Alemanha também aplicar controlos em todas as suas
fronteiras terrestres.“Bem-vindo ao clube”, chegou mesmo a dizer nas redes sociais, esta semana, ao chanceler alemão, Olaf Scholz.O
primeiro-ministro húngaro, que se opõe, entre outras medidas, à
repartição dos migrantes e refugiados pelos países da UE, insiste na sua
política de mão pesada, afirmando que não quer que a Hungria seja “um
país de migrantes”. “A Hungria é para os húngaros. Ponto final”, afirmou numa entrevista à rádio na sexta-feira.Orbán
também se distanciou da posição maioritária da UE noutras áreas, como a
resposta à invasão militar da Ucrânia pela Rússia. A
premissa é questionar aqueles que, na sua opinião, querem prolongar o
conflito e salientou que “todos estão interessados num cessar-fogo e em
negociações de paz”.O primeiro-ministro
húngaro visitou Moscovo no início de julho e encontrou-se com o
Presidente russo, Vladimir Putin, o que não foi bem recebido em
Bruxelas.Embora tenha evitado avançar pormenores sobre o encontro, deu a entender que prevê novos contactos nas próximas semanas.Orbán
também não escondeu que pretende aquilo a que chamou “neutralidade
económica”, o que se traduziu no facto de a Hungria não romper relações
com a Rússia em questões fundamentais como a energia. “A
neutralidade económica é do interesse do povo húngaro”, acrescentou,
confiante de que poderia ‘preservar’ as boas relações ‘a leste e a
oeste’.