Operadora de Fukushima apresenta pedido para reativar outra central

27 de set. de 2013, 10:23 — Lusa/AO online

A Tokyo Electric Power (TEPCO) submeteu a documentação necessária para que se avaliem os reatores 6 e 7 da sua central de Kashiwazaki-Kariwa, na prefeitura de Niigata, depois de ter procurado durante meses aprovação das autoridades locais, informou a operadora em comunicado. Esta semana, o presidente da elétrica, Naomi Hirose, reuniu-se com o governador da prefeitura, Hirohiko Izumida, que deu, na quinta-feira, 'luz verde' para que a central retome as operações. Com o pedido que a TEPCO fez hoje, as elétricas regionais japonesas solicitaram e reativaram 14 reatores nucleares. Para que uma unidade possa ser reativada no país asiático, a Autoridade de Regulação Atómica do Japão deve garantir, com base em novos padrões de segurança em vigor desde julho, que são seguras e podem aguentar desastres como o sismo e tsunami de 11 de março de 2011. Estima-se que a avaliação da Autoridade de Regulação Nuclear demore pelo menos seis meses. Desde o acidente de Fukushima apenas dois reatores - o 3 e 4 da central Oi, no oeste do país - puderam retomar as suas operações por causa da escassez energética da segunda região mais povoada do Japão. Apesar disso, a central de Oi encontra-se paralisada desde o passado dia 15, dado que ambos os reatores foram desativados para serem submetidos às inspeções obrigatórias a cada 13 meses, definidas na lei, pelo que o Japão vive, neste momento, o seu segundo 'apagão' nuclear desde o acidente de Fukushima. A TEPCO, sobre a qual pesam exorbitantes gastos derivados do desastre, procura há muito tempo reativar as suas operações em Kashiwazaki-Kariwa, com vista a reduzir as dispendiosas importações de combustíveis fósseis para as suas centrais térmicas com as quais compensa a ausência da produção nuclear. A empresa diz que se conseguir reativar os dois reatores da central de Kashiwazaki-Kariwa poupará em combustíveis entre 200.000 e 300.000 milhões de ienes (entre 1.500 e 2.250 milhões de euros). As duas unidades são reatores avançados de água em ebulição e os mais novos dos sete de Kashiwazaki-Kariwa, a maior central nuclear do mundo com capacidade para produzir um total de 8,2 milhões de quilowatts.