Open Arms pede para desembarcar 363 migrantes que recolheu no Mar Mediterrâneo
31 de jan. de 2020, 10:35
— Lusa/AO Online
Fontes da ONG espanhola
explicaram à agência de notícias EFE que durante a noite houve o
transporte para a Itália de duas pessoas que sofriam de queimaduras
graves e fortes dores abdominais.A Open Arms solicitou o transporte para Malta, mas esta foi negada.A
última operação de resgate nestes três dias ocorreu durante a
madrugada, quando a rede "Alarm Phone" alertou para um barco à deriva.O
navio humanitário espanhol, o único atualmente a operar em águas do
Mediterrâneo, respondeu à chamada e localizou "cerca de 100 pessoas"
amontoadas num barco de madeira.A bordo,
já havia outros 282 imigrantes salvos em quatro operações diferentes,
incluindo três mulheres e 38 menores não acompanhados e provenientes de
países como Sudão do Sul, Gâmbia, Egito, Senegal, Chade, Burkina Faso,
Guiné e República Centro-Africana.Atualmente,
o Open Arms é o único navio humanitário na área central do
Mediterrâneo, depois de outros navios, como o Ocean Viking (dos Médicos
Sem Fronteiras e o SOS Mediterranee) e Alan Kurdi (da ONG alemã Sea
Eye), terem sido autorizados pela Itália e Malta a desembarcar os seus
migrantes resgatados no mar.O Ministério
do Interior italiano informou na terça-feira que este ano já chegaram a
Itália 870 migrantes, em comparação aos 155 no mesmo período do ano
passado e aos 3.176 em 2018.Após a saída
do Governo italiano do partido Liga - da extrema-direita e que aplicou a
política de "portos fechados"-, a formação do novo Governo composto
pelo Movimento 5 Estrelas (M5S), pelo Partido Democrata (PD) e outros
grupos progressistas, os navios humanitários já podem desembarcar
novamente nos portos italianos, graças ao mecanismo de redistribuição de
migrantes nos países europeus disponíveis.