OMS volta a reunir Comité de Emergência na semana de 18 de julho
Monkeypox
6 de jul. de 2022, 16:57
— Lusa/AO Online
“Continuo muito
preocupado com a escala e propagação do vírus. Em todo o mundo há agora
mais de 6.000 casos registados em 58 países”, adiantou Tedros Adhanom
Ghebreyesus, em conferência de imprensa.Segundo
disse, a testagem do vírus que provoca a doença “permanece um desafio” e
é “altamente provável” que exista um significativo número de casos não
detetados em vários países.“A Europa é o
atual epicentro do surto, registando mais de 80% dos casos a nível
global”, avançou Tedros Adhanom Ghebreyesus, ao alertar ainda que, em
África, estão a surgir casos em países que não tinham sido previamente
afetados, assim como “números recorde” em outros que já tinham registos
de contágios.Perante isso, o diretor-geral
da OMS adiantou que vai convocar o Comité de Emergência da OMS para a
semana de 18 de julho, “ou antes disso se necessário”, com o objetivo de
atualizar os especialistas sobre a situação epidemiológica e a evolução
do surto, com vista à “implementação de contramedidas”.Esta
será a segunda reunião em poucas semanas para avaliar a evolução da
Monkeypox, depois de os especialistas que integram o Comité terem
considerado, em 23 de junho, que o surto do vírus Monkeypox não
representava uma Emergência de Saúde Pública de Preocupação
Internacional, o nível mais alto de alerta decretado pela OMS.Ao
Comité de Emergência, que reúne por convocação do diretor-geral, cabe
recomendar à OMS se um surto constitui uma Emergência de Saúde Pública
de Preocupação Internacional (PHEIC), propondo medidas temporárias sobre
como prevenir e reduzir a propagação de uma doença e gerir a resposta
global de saúde pública.A PHEIC é definida
como "um evento extraordinário, grave, repentino, incomum ou
inesperado”, com implicações para a saúde pública para além da fronteira
nacional do Estado afetado e que pode exigir uma ação internacional
imediata.Tedros Adhanom Ghebreyesus
assegurou ainda que a OMS está a trabalhar de perto com a sociedade
civil e a comunidade LGBTQ+, “especialmente para quebrar o estigma do
vírus e espalhar informação, para que as pessoas se possam proteger”.“Este vírus pode afetar qualquer pessoa”, alertou o diretor-geral da organização.