OMS recomenda atrasar "algumas semanas" segunda dose da vacina Pfizer
Covid-19
6 de jan. de 2021, 12:32
— Lusa/AO Online
Esta
recomendação resulta da reunião de hoje do Grupo Consultivo Estratégico
de Peritos em Imunização (SAGE), que reúne 26 especialistas de várias
áreas e diversos países e que, nos últimos meses, tem analisado a
informação sobre as vacinas contra a covid-19. Em
conferência de imprensa, o responsável do SAGE, o mexicano Alejandro
Cravioto, adiantou que os especialistas recomendaram que, em
circunstâncias excecionais de fornecimento, a vacina da Pfizer-BioNTech
seja administrada “entre 21 e 28 dias”.A
recomendação de atrasar a segunda dose “em algumas semanas” permitiria
“maximizar o número de pessoas que podem beneficiar da primeira dose”
desta vacina, referiu Alejandro Cravioto.Também
a Agência Europeia de Medicamentos desaconselhou adiar a segunda
dose da vacina Pfizer-BioNTech além dos 42 dias, numa altura em que
Alemanha e Bélgica admitem administrar a primeira dose a mais pessoas e
adiar a segunda além dos 21 dias prescritos.Aquele
organismo, que trata da avaliação técnica das vacinas na União Europeia
(UE), destaca que "os vacinados podem não estar totalmente protegidos
até sete dias após a segunda dose", como indicou a Pfizer após os
ensaios clínicos, disse à agência espanhola EFE a porta-voz da Agência
Europeia de Medicamentos (EMA), Sophie Labbe.No entanto, a EMA não proíbe estender a administração da segunda dose da vacina da Pfizer contra a covid-19 até aos 42 dias.A 31 dezembro, a OMS concedeu a sua primeira aprovação de emergência
desde o início da pandemia de Covid-19 à vacina Pfizer-BioNTech,
tornando mais fácil, aos países que o desejarem, usar a vacina
rapidamente.Este procedimento, que a OMS
pode usar em caso de emergência de saúde, permite que países que não têm
meios para determinar rapidamente e por conta própria a eficácia e
segurança de um medicamento, possam ter acesso rápido à terapia.Na
reunião de hoje, os especialistas da OMS reconheceram ainda a
importância da vacinação de grávidas contra a covid-19, tendo em conta
que uma larga percentagem de profissionais de saúde são mulheres,
adiantou o responsável do SAGE.“Ainda
assim, à luz da informação limitada existente, o SAGE não está em
condições de recomendar a vacinação durante a gravidez, até que dados
mais seguros estejam disponíveis”, referiu Alejandro Cravioto.