OMS pede fim de ataques contra centros médicos na Faixa de Gaza
Médio Oriente
30 de dez. de 2024, 11:48
— Lusa/AO Online
“Repetimos:
parem de atacar os hospitais. O povo de Gaza precisa de cuidados
médicos”, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus numa mensagem publicada na
rede social X e na qual voltou a apelar ao cessar-fogo entre as forças
armadas de Israel e a milícias palestinianas.O
Hospital Kamal Aduan, referência para o norte da Faixa de Gaza, está
inoperacional desde um ataque que obrigou à retirada de todos os doentes
e resultou em inúmeras detenções, incluindo a do diretor do centro,
Hussam Abu Safiya.Dois dias depois, “o seu paradeiro é desconhecido”, pelo que Tedros exigiu a sua “libertação imediata”.Os
doentes mais graves foram transferidos para o Hospital Indonésio, de
onde os doentes foram também retirados para o Hospital al-Shifa, na
cidade de Gaza.As forças israelitas
detiveram quatro doentes numa dessas transferências para al-Shifa,
segundo fontes citadas pela agência palestiniana de notícias Wafa.“Pedimos
a Israel que garanta os cuidados de saúde de que [os doentes]
necessitas e o respeito pelos seus direitos”, sublinhou o diretor-geral
da OMS, após este último incidente.Há
quase três meses que Israel tem atacado repetidamente ataques hospitais e
escolas no norte de Gaza, onde se refugiam deslocados, argumentando que
alí se desenvolvem atividadees terroristas do grupos islamita Hamas.O
número total de mortos desde o início da guerra na Faixa de Gaza já
ultrapassa as 45 mil pessoas, 70% dos quais são mulheres e crianças,
segundo a contagem do Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo
Hamas.