OMS diz que vacinas salvaram 1,6 milhões na Europa
Covid-19
9 de ago. de 2024, 12:16
— Lusa/AO Online
A OMS/Europa refere que
desde a sua introdução, em dezembro de 2020 e até março de 2023, as
vacinas contra a Covid-19 reduziram as mortes na pandemia em pelo menos
59% dos casos, salvando mais de 1,6 milhões de vidas na região europeia.
Estas são algumas das conclusões de um
novo estudo da OMS/Europa publicado no The Lancet Respiratory Medicine,
que acrescenta que o número atual de mortes por covid-19 na Europa,
atualmente de 2,2 milhões, poderia ter chegado aos quatro milhões sem as
vacinas. A maioria dos pacientes salvos tinha 60 anos ou mais, sendo o grupo com maior risco de doença grave e morte por SARS-CoV-2. O autor do estudo, Margaux Meslé, afirma que “os resultados são claros e que a vacinação contra a covid-19 salva vidas”. “Sem
o enorme esforço de vacinação, teríamos visto muito mais meios de
subsistência perturbados e famílias a perder os parentes mais
vulneráveis”, destaca. Os países que
implementaram programas de vacinação precoce que abrangem grandes partes
da população – como a Bélgica, a Dinamarca, a Islândia, a Irlanda,
Israel, o Reino dos Países Baixos, Malta e o Reino Unido – registaram os
maiores benefícios em termos do número global de vidas salvas, afirma a
organização.Segundo a OMS, estas
conclusões são consideradas “altamente relevantes” atualmente, mais de
um ano após a OMS ter declarado, em maio de 2023, que a covid-19 já não
era uma emergência de saúde pública de interesse internacional. Nas
últimas semanas, vários países da região europeia relataram um aumento
no número de casos, o que os especialistas consideram “uma onda de verão
da covid-19”, sendo “um lembrete oportuno” de que, embora a infeção
esteja a desaparecer na memória de milhões de pessoas, “o vírus não foi
embora”. A percentagem de pacientes com
doenças respiratórias que têm SARS-CoV-2 aumentou cinco vezes nas
últimas oito semanas e a percentagem de pacientes hospitalizados com
covid-19 também aumentou, reflete o estudo.Segundo
a OMS/Europa, embora o número absoluto de casos seja menor do que a
onda do inverno, as infeções por covid-19 na região neste verão ainda
estão a causar hospitalizações e mortes. “Obter
uma vacina atualizada contra a covid-19 continua a ser uma ferramenta
extremamente eficaz para reduzir hospitalizações e mortes em indivíduos
de alto risco”, alerta o estudo. Além disso, tomar uma vacina atualizada contra a covid-19 também reduz as hipóteses de desenvolver uma covid longa. Segundo
os especialistas, o aumento do número de casos relatados neste verão
pode ser explicado por viagens de férias, eventos de grande aglomeração,
como grandes torneios desportivos e festivais de música. Diferentemente
da gripe sazonal, a covid-19 circula o ano todo, lembra a OMS/Europa,
referindo que “até que esse padrão mude, a região pode muito bem
experimentar múltiplas ondas de infeção a cada ano, sobrecarregando os
sistemas de saúde e aumentando a chance de as pessoas ficarem doentes,
especialmente as mais vulneráveis. A OMS
avisa que para reduzir as hipóteses de infeção, principalmente agora que
a covid-19 está a circular mais, deve-se usar máscaras em espaços
internos lotados, bem como lavar as mãos regularmente.