OMS assegura que subvariantes que circulam na China não são novas
Covid-19
4 de jan. de 2023, 17:13
— Lusa/AO Online
Em comunicado, o Grupo Consultivo
Técnico da OMS sobre a Evolução do Vírus SARS-CoV-2, que se reuniu na
terça-feira para analisar a situação na China, refere que as
subvariantes BA.5.2 e BF.7 da variante Ómicron do SARS-CoV-2, que causa a
covid-19, predominam no país, contribuindo, juntas, para 97,5% das
infeções adquiridas localmente.De acordo
com a OMS, estas subvariantes "são conhecidas" e "têm circulado noutros
países", sendo que, à data, "nenhuma nova variante" do coronavírus "foi
reportada pelo Centro de Prevenção e Controlo de Doenças da China". Os
dados comunicados na terça-feira pela China ao grupo consultivo da OMS e
que suportam as infeções adquiridas no país baseiam-se em mais de dois
mil genomas (informação genética) recolhidos e sequenciados a partir de
01 dezembro de 2022.A OMS, que há duas
semanas renovara o apelo à China para partilhar dados, adianta que, até
terça-feira, 773 sequências genéticas do SARS-CoV-2 com origem no país
foram submetidas no repositório de dados público Gisaid, sendo que a
maioria (564) foi recolhida após 01 de dezembro passado.Entre
a maioria das sequências genéticas tornadas públicas, 95 correspondem a
infeções adquiridas localmente na China e 187 a casos importados, não
havendo informação sobre as restantes.As
subvariantes BA.5.2 e BF.7 da variante Ómicron foram detetadas em 95%
das infeções locais, o que, segundo o Grupo Consultivo Técnico da OMS
sobre a Evolução do Vírus SARS-CoV-2, "está de acordo com os genomas de
viajantes da China enviados ao banco de dados Gisaid por outros países".A
OMS reforça que "nenhuma nova variante ou mutação de significado
conhecido é observada nos dados de sequenciação disponíveis
publicamente".O grupo consultivo da
Organização Mundial da Saúde reitera "a importância de análises
adicionais e da partilha de dados de sequenciação" genética para
compreender a evolução do coronavírus que causa a covid-19 e "o
aparecimento de mutações ou variantes preocupantes".No
comunicado, a OMS indica que continuará a acompanhar "de perto" a
situação na China e no mundo e insta "todos os países a manterem-se
vigilantes, a monitorizarem e reportarem sequências" genéticas do
coronavírus, bem como "a realizarem análises independentes e
comparativas" das diferentes subvariantes da variante Ómicron, incluindo
sobre "a gravidade da doença que causam". O
Grupo Consultivo Técnico da OMS sobre a Evolução do Vírus SARS-CoV-2
acrescenta que está a avaliar o "aumento rápido da proporção" da
subvariante XBB.1.5 da variante Ómicron nos Estados Unidos e noutros
países.