OMS assegura que só recomendará vacina que for segura e eficaz
4 de set. de 2020, 17:41
— Lusa/AO online
A
"garantia ao público" foi dada, em resposta aos movimentos antivacinas,
pelo diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na
habitual videoconferência de imprensa transmitida da sede da OMS, em
Genebra, na Suíça."Quero garantir ao
público que a OMS não recomendará nenhuma vacina que não seja segura e
eficaz", afirmou, insistindo que as vacinas em teste, apesar de
"promissoras, só serão utilizadas quando forem eficazes e seguras".Segundo
dados da OMS, havia na quinta-feira 34 vacinas candidatas à covid-19 em
ensaios clínicos, oito das quais na fase final 3, que antecede o pedido
de autorização de comercialização.Numa
fase inicial, de acordo com a OMS, uma vacina para a covid-19 deverá ser
administrada a grupos prioritários, como idosos, doentes crónicos e
profissionais de saúde, por correrem mais risco de infeção ou
manifestações mais graves da doença.Posteriormente, à medida que for aumentada a sua produção, a vacina deverá estender-se à restante população.Criticando
os movimentos antivacinas, o diretor-geral da OMS recordou que as
vacinas permitiram erradicar doenças e "mudaram o mundo"."É um bem público", sublinhou Tedros Adhanom Ghebreyesus, voltando a apelar, noutro contexto, à "solidariedade global".A seu ver, reiterou, o "nacionalismo das vacinas irá prolongar a pandemia" da covid-19.A
OMS estimou hoje de manhã, através de declarações feitas à imprensa
pela porta-voz da organização, que a vacinação em massa contra a
covid-19 só ocorrerá a partir de meados de 2021. A
pandemia da covid-19 já provocou pelo menos 869.718 mortos e infetou
mais de 26,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um
balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.Em
Portugal, morreram 1.833 pessoas das 59.457 confirmadas como infetadas,
de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.A
covid-19 é uma doença respiratória causada por um novo coronavírus
(tipo de vírus) detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do
centro da China.