OMS acompanha de perto nova variante do coronavírus
Covid-19
18 de ago. de 2023, 11:57
— Lusa/AO Online
A OMS decidiu classificar
uma nova variante "na categoria de variantes sob vigilância devido ao
número muito grande (mais de 30) de mutações", de acordo com o boletim
epidemiológico dedicado ao covid-19 e divulgado esta madrugada.Até agora, esta nova variante só foi detetada em Israel, Dinamarca e Estados Unidos.Nos
EUA, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças confirmou que está
também a acompanhar de perto a variante, numa mensagem publicada na rede
social X (antigo Twitter).Atualmente,
apenas quatro sequências conhecidas desta variante foram identificadas,
sem ligação epidemiológica associada conhecida, explicou a OMS.“O
potencial impacto das mutações BA.2.86 é atualmente desconhecido e está
a ser cuidadosamente avaliado”, referiu a organização.A
OMS tem atualmente sete variantes classificadas como sob vigilância e
três como variantes de interesse, incluindo a EG.5, cuja identificação
foi comunicada pela primeira vez em fevereiro.Na
semana passada, a organização advertiu que esta variante pode provocar
um aumento na incidência de infeções e tornar-se dominante em alguns
países ou mesmo no mundo.O boletim da OMS
diz que, entre 17 de julho a 13 de agosto, foram notificados mais de 1,4
milhões de novos casos de covid-19, um aumento de 63% em comparação com
o período de 28 dias anterior. Pelo contrário, o número de mortes caiu
56% para mais de 2.300.Na quinta-feira, o
Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC, na sigla em
inglês) alertando para o aumento da propagação e da transmissão da
covid-19 na Europa, “após vários meses de taxas de infeção muito
baixas”, sem que de momento haja “sinais de aumento das hospitalizações
ou de pressões sobre os sistemas de saúde”.Numa
nota de imprensa, o ECDC anunciou que tinha classificado as linhagens
recombinantes da variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2 como
variantes de interesse.O centro sublinhou
que estas linhagens “podem ter propriedades de fuga imunitária em
comparação com as variantes que estavam anteriormente em circulação”, ou
seja, as vacinas poderão ser menos eficazes.O
ECDC disse que “é pouco provável que os níveis atinjam os picos
anteriores observados durante a pandemia de covid-19”, mas recordou que
os indivíduos mais velhos e aqueles com doenças subjacentes podem
desenvolver sintomas graves se forem infetados.A agência europeia exortou os Estados-membros da União Europeia a alargarem a utilização das vacinas contra a covid-19.Até
13 de agosto, a OMS tinha registado mais de 769 milhões de casos
confirmados e mais de 6,9 milhões de mortes causadas pelo covid-19 no
mundo, embora a organização admita que os números reais sejam muito
maiores.