Metro do Porto
Oliveira Marques não tenciona continuar como presidente executivo da empresa
O presidente da Comissão Executiva da Administração do Metro do Porto, Oliveira Marques, anunciou hoje que não tenciona continuar no cargo no próximo mandato.

Autor: Lusa/Ao online
Numa entrevista ao Público, Oliveira Marques disse que, para a segunda fase de construção da rede do Metro do Porto, vai propor ao Governo a construção de uma linha circular subterrânea, à semelhança da Linha 14 do Metro de Paris, que ligará todas as cinco actualmente em operação, que têm um desenho radial.

    A proposta prevê que esta linha, com um perímetro de cerca de nove quilómetros, seja equipada com veículos totalmente automáticos, sem condutor, em funcionamento ininterrupto.

    A linha circular teria pontos de união com as já existentes na Casa da Música, S. Bento, Campanhã e Pólo Universitário, servindo várias zonas muito populosas que estão fora da rede do Metro, como sejam Fernão de Magalhães, Costa Cabral, Campo Alegre, Palácio de Cristal, Leões e Clérigos.

    Na segunda fase do Metro do Porto está já prevista a construção de três linhas, a de Gondomar, a ligação entre a Boavista e Matosinhos/Sul e a segunda linha de Gaia, que ligará Oliveira do Douro, Arrábida e o Campo Alegre.

    Oliveira Marques, que é presidente executivo do Metro do Porto desde 1999, termina no final do ano mais um mandato como presidente executivo da empresa, devendo permanecer, porém, até à apresentação das contas do exercício de 2007, no final do primeiro trimestre de 2008.

    Até lá, provavelmente em Fevereiro, deverá realizar-se a eleição de novo Conselho de Administração.

    Licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEUP), Oliveira Marques doutorou-se em Finanças Empresariais, pela Universidade de Strathclyde (Glasgow, Escócia), sendo professor da FEUP.

    É também presidente dos TIP - Transportes Intermodais do Porto, agrupamento complementar de empresas que gere o sistema de bilhética Andante, comum ao Metro do Porto, STCP, comboios suburbanos da CP/Porto e às várias empresas de transporte rodoviário do Grande Porto aderentes.

    A sua larga carreira como gestor inclui a passagem pelas administrações de dezenas de empresas, nomeadamente a Salvador Caetano, Banco Borges & Irmão, S.A., Hidroeléctrica de Cahora-Bassa, S.A., Aliança Seguradora, CISF, Clipóvoa, Pórtis, Soserfin, Ocidental Holding, COFIPSA, Incofina, Águas do Douro e Paiva, e Sopete, Efacec e STCP, entre outras.

    É considerado como “o homem que pôs o Metro do Porto nos carris”, já que a sua gestão abrangeu todo o período da construção da rede do Sistema de Metro Ligeiro da Área Metropolitana do Porto, hoje com cinco linhas, cerca de 60 quilómetros de extensão e 69 estações em funcionamento.

    O Metro do Porto comemora hoje o quinto aniversário sobre a sua inauguração oficial em 2002, quando abriu o primeiro troço da Linha Azul, entre as estações da Trindade e do Senhor de Matosinhos.

    Os alargamentos sucederam-se rapidamente até à conclusão da primeira fase, com a inauguração da Linha Violeta, em Maio de 2006.

    Os dados de operação relativos a estes primeiros cinco anos registam uma média de 190 mil clientes/dia útil, equivalente a cinco milhões de passageiros por mês.

    Desde a entrada em serviço comercial, em Janeiro de 2003 até ao final de Novembro deste ano, a rede contabilizou já mais de 116 milhões de validações, tendo as suas composições percorrido mais de 19 milhões de quilómetros, ao longo de mais de 33 mil horas de serviço.