Autor: AO Online
Num ponto de situação na sede da Proteção Civil, em Angra do Heroísmo, o secretário regional do Ambiente e Ação Climática adiantou que, até às 07h00, foram registadas 103 ocorrências, das quais 49 estão resolvidas e 54 em processo de resolução.
Segundo Alonso Miguel, verificaram-se quatro situações de desalojados, abrangendo oito pessoas, quatro na ilha de São Jorge, três no Faial e uma na Graciosa, situações que foram "prontamente resolvidas".
Questionado sobre a gravidade das ocorrências registadas nestas habitações, o secretário regional do Ambiente, que tutela a Proteção Civil nos Açores, disse que a situação ainda estava a ser avaliada.
“As oito pessoas já foram realojadas. Está a ser feita a avaliação dos danos verificados nas habitações e que justificaram o desalojamento das pessoas e o seu posterior realojamento. Feita esta avaliação, com certeza, com pormenor, iremos ter mais informação”, adiantou, acrescentando que “algumas pessoas poderão regressar a casa mais depressa do que outras”.
Segundo o governante, “algumas pessoas foram realojadas em casa de familiares e algumas terão sido realojadas em valências que foram talhadas para este momento”.
Alonso Miguel revelou que não houve feridos a registar e que “a maioria das ocorrências está relacionada com quedas de árvores e danos em infraestruturas”.
Foram registados danos na aerogare da Graciosa que podem causar constrangimentos na operação aérea para a ilha, mas a situação está ainda a ser avaliada.
Estava previsto que o ciclone tropical Gabrielle passasse pelos Açores como furacão de categoria 1, mas transformou-se em tempestade pós-tropical.
O período mais crítico ocorreu entre as 03h00 e as 09h00, “sendo expectável uma diminuição da intensidade do vento e da precipitação”.
No entanto, o secretário regional do Ambiente reiterou “a importância e a necessidade de a população continuar a adotar comportamentos responsáveis e a acompanhar as informações veiculadas pelas entidades oficiais”.
“Saúdo especialmente o comportamento altamente responsável que foi tido pelas populações, que muito tem facilitado as operações e a atuação das autoridades”, apontou.
Foi sobretudo nas ilhas do Faial, Graciosa e Terceira que os efeitos da tempestade mais se fizeram sentir.
Segundo Alonso Miguel, a rajada máxima a baixa altitude atingiu os 154 quilómeros/hora e o valor máximo em altitude foi de 185 quilómetros/hora.
Quanto à precipitação, “o maior valor ocorreu na Graciosa, com 53 milímetros de precipitação acumulada em três horas e com um acumulado em seis horas de 61 milímetros”.
Na agitação marítima, “a situação que mais preocupou teve a ver com embarcações na baía da Horta, com cabos que acabaram por rebentar”, mas “as situações foram resolvidas e não houve danos a registar”.
As ilhas dos grupos Central (Pico, Faial, Graciosa, Terceira e São Jorge) e Ocidental (Flores e Corvo) estiveram sob aviso vermelho, devido a precipitação, vento e agitação marítima, mantendo-se ainda no grupo Central, até às 12h00 de hoje, os avisos vermelhos relativos a vento e agitação marítima.
O Governo Regional declarou situação de alerta entre as 18h00 de quinta-feira e a mesma hora de hoje, nos grupos Central e Ocidental, proibindo determinadas atividades.
Nestas ilhas, foram também encerrados serviços públicos não urgentes e essenciais, incluindo escolas.