OIM reforça ajuda e apoia regressos de migrantes na fronteira da Bielorrússia
Migrações
29 de nov. de 2021, 18:12
— Lusa/AO Online
Segundo
a OIM, a ajuda aos cerca de 2.000 migrantes e refugiados, que estão há
várias semanas junto da fronteira da Bielorrússia com a Polónia, foi
dada inicialmente no final de outubro, através da Cruz Vermelha
bielorrussa, mas a organização liderada por António Vitorino conseguiu
fazer uma primeira visita ao local a 11 de novembro.“Após
a primeira visita à zona de fronteira de Bruzgi, a 11 de novembro, a
OIM garantiu alimentos, roupas e material de higiene” para os migrantes
que estavam a viver na floresta e foram, entretanto, acolhidos num
armazém de logística na Bielorrússia, refere a organização em comunicado.Uma segunda visita
aconteceu na quarta-feira passada, tendo “o mesmo grupo recebido água,
comida e alimentos infantis”, acrescentou.A
organização criada pela ONU adianta, no mesmo comunicado, ter “graves
preocupações” relativamente ao bem-estar daqueles que se mantêm junto à
fronteira, à espera de entrar num país da União Europeia, até porque “já
foram registadas várias mortes por hipotermia” e “porque existe um
grande número de mulheres e crianças no grupo”.Por
isso, além do material que a OIM, a Cruz Vermelha da Bielorrússia e o
Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) têm
conseguido distribuir, a organização pretende também “expandir as
oportunidades para um regresso a casa voluntário” dos migrantes.O
número total de migrantes e refugiados atualmente na Bielorrússia ronda
as 7.000 pessoas, sendo que “apenas um pequeno número expressou desejo
de voltar para casa voluntariamente”, adianta a OIM, referindo que o
Iraque – país de origem da maioria dos presentes na fronteira –
“organizou o repatriamento de mais de 1.000 dos seus cidadãos”.A
OIM anunciou ainda que continua a negociar formas de facilitar mais
regressos voluntários, assegurando que consegue garantir, em duas
semanas, um voo ‘charter’ a todos os que queiram voltar ao Iraque.“Até
agora, pelo menos 44 pessoas foram ajudadas pela OIM a voltar para casa
e o processo de outras 38 está em andamento”, contabiliza a organização
no comunicado.“Estamos empenhados em
fornecer assistência humanitária e trabalhar com as autoridades de ambos
os lados da fronteira”, sublinha António Vitorino no documento.“Aqueles que desejam regressar voluntariamente serão ajudados pela OIM a fazê-lo de uma forma segura e digna”, concluiu.