Oferta de alojamento para estudantes reforçada com cerca de 2.400 camas
2 de out. de 2020, 08:40
— Lusa/AO Online
A oferta de alojamento para estudantes do Ensino Superior foi
reforçada com cerca de 2.400 camas, perfazendo um total de mais de 18
mil camas, o que representa um aumento de 16% face ao ano letivo
anterior.Em comunicado, o Ministério da
Ciência, Tecnologia e Ensino Superior adianta que um total de mais de 18
mil camas estarão disponibilizadas em todo o país para os estudantes
através de residências, pousadas da juventude, alojamentos locais e
hotéis, representando um aumento de 16% face ao total de camas
disponibilizadas no ano letivo anterior.O
Ministério destaca que o reforço da oferta do alojamento para os
estudantes do ensino superior para este novo ano letivo foi conseguido
através das alternativas estabelecidas com várias estruturas
representativas de unidades hoteleiras e de alojamento local e
tipologia.Foi também conseguido com camas
protocoladas com instituições e autarquias, os quais permitem
disponibilizar alojamentos para os estudantes até ao final do ano letivo
de 2020/2021. De acordo com a nota,
adicionalmente, os dados disponíveis no Observatório do Alojamento
Estudantil até quinta-feira permitiram sinalizar 10.197 quartos da
oferta privada.Em Lisboa por exemplo a
oferta privada é de 3.159 quartos a um preço mínimo de 185 euros (era
220 euros em outubro de 2019 - descida de 16%), um preço médio de 327
euros (382 euros em 2019 - descida de 14%) e um preço máximo de 502
euros (era 599 euros em 2019 - descida de 16%).No
Porto, a oferta privada é de 1.207 quartos a um preço mínimo 180 euros
(era 181 euros em 2019 - descida de 1%), um preço médio de 297 euros
(era 305 euros 2019 - descida de 3%) e um preço máximo 406 euros (era
475 euros em 2019 - descida de 15%)O
Ministério realça também que o complemento de bolsa de estudo para
bolseiros alojados fora de residência de estudante foi aumentado este
ano letivo em todo o país, tendo sido especificamente majorado para
Lisboa e Porto, correspondendo a 285,23 e 263,29 euros, respetivamente.“Deve
ser destacado que a redução de 2.218 camas em residências em função da
aplicação das medidas de mitigação da pandemia por covid-19
(correspondendo a uma redução de cerca de 15% da oferta pública) foi,
entretanto, compensada pela disponibilização acrescida de cerca de 2.400
camas resultantes do contributo das parcerias estabelecidas com
diferentes entidades”, é referido.Na nota,
o Ministério indica ainda que a Direção-Geral do Ensino Superior (DGES)
divulgou na quarta-feira o balanço da execução do Plano Nacional de
Alojamento para o Ensino Superior (PNAES), incluindo o alojamento
protocolado e a estimativa de camas a disponibilizar pelas unidades
hoteleiras e de alojamento local referidas anteriormente.O PNAES pretende aumentar a oferta de camas para estudantes universitários a preços regulados para 30 mil até 2030.Na
semana passada, o Governo negou que apenas estivessem disponíveis 300
camas para estudantes ao abrigo do plano nacional para o Alojamento,
contrapondo com 780 disponíveis, mas admitiu constrangimentos em
alcançar as 2.500 camas previstas até ao final do ano letivo.O
jornal Público tinha avançado que das 2.500 camas prometidas para este
ano letivo ao abrigo do PNAES apenas cerca de 300 estavam disponíveis, o
que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior contrariou,
referindo que existiam já “780 camas intervencionadas” ao abrigo desse
plano, em várias zonas do país, como Lisboa, Porto, Açores ou Évora.O
MCTES reiterou os números que apontavam para um reforço da oferta no
alojamento disponível em relação ao ano anterior em 16%, com estimativas
de 18.455 camas disponíveis, um reforço de 2.400 camas face a 2019-2020
e que já tem em conta a supressão de 2.218 lugares em residências
decorrentes da pandemia, compensadas com protocolos com autarquias,
setor turístico e instituições privadas e sociais para garantir a oferta
a preços regulados.