Governo altera para 4.ª feira convocatória de reunião com o Chega
OE2025
5 de set. de 2024, 17:40
— Lusa/AO Online
A informação foi avançada à Lusa por fonte do gabinete dos Assuntos Parlamentares.Esta
manhã, foi noticiado que o Governo convocou, para terça-feira, os
partidos com assento parlamentar para uma segunda ronda de reuniões
sobre o Orçamento do Estado na Assembleia da República.Horas
mais tarde, o presidente do Chega, André Ventura, disse que não iria
comparecer, nem nesta nem em futuras reuniões com o Governo, e acusou o
executivo de provocar o partido ao marcar esta ronda negocial para um
dia em que decorrem as jornadas parlamentares do partido, em Castelo
Branco.“Não há limites para a provocação,
não há limites para a falta de noção democrática, não há limites para a
agressão democrática a que o PSD quer sujeitar o Chega”, acusou Ventura.O
dia e a hora da reunião no parlamento com o Chega foram agora alterados
pelo executivo de terça-feira à tarde para quarta-feira às 09:00.Do
lado do Governo, estarão presentes nas reuniões com os partidos o
ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, o ministro
da Presidência, António Leitão Amaro, e o ministro dos Assuntos
Parlamentares, Pedro Duarte.A primeira
ronda de reuniões realizou-se em 19 de julho, na residência oficial do
primeiro-ministro, mas Luís Montenegro – cuja presença estava
inicialmente prevista – acabou por faltar por razões de saúde, o que
levou o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, a também não
participar nos encontros nesta ocasião.No
final das reuniões com todos os partidos da oposição – PSD e CDS-PP
acabaram por cancelar a participação na primeira ronda -, nenhum dos
membros do Governo presentes nas reuniões - ministros de Estado e das
Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, da Presidência, António Leitão
Amaro, e dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte – prestou declarações à
comunicação social.O Orçamento do Estado
para 2025 terá de ser entregue no parlamento até 10 de outubro e os
partidos que apoiam o Governo, PSD e CDS-PP, somam 80 deputados e são
insuficientes para garantir a aprovação do documento, sendo necessária
ou a abstenção do PS ou o voto favorável do Chega.