Observatório europeu estima que 1,3 milhões consumiam opiáceos de alto risco em 2018
22 de set. de 2020, 10:06
— Lusa/AO Online
Segundo
o Relatório Europeu sobre Drogas 2020: Tendências e Desenvolvimentos,
divulgado em Bruxelas, os consumidores de heroína como droga
principal representaram 77% (praticamente 20.000 utentes) dos
consumidores de opiáceos que iniciaram tratamento pela primeira vez, o
que corresponde a uma redução de 2.200 utentes ou 10 % face a 2017. O
número de novos consumidores que procuram tratamento para a dependência
da heroína diminuiu mais de metade face ao pico registado em 2007. Entre
2017 e 2018, o número de consumidores de heroína como droga principal
que iniciaram tratamento pela primeira vez diminuiu em 18 dos 29 países
com dados disponíveis.Os opiáceos,
sobretudo a heroína ou os seus metabolitos, frequentemente em combinação
com outras substâncias, estão presentes na maioria das overdoses fatais
notificadas na Europa.Depois da cannábis e
da cocaína, a heroína foi a terceira substância mais comum nos casos de
intoxicações agudas relacionadas com droga monitorizados pela Euro-DEN
Plus, em 2018.Entre 2012 e 2018, o número
de mortes por 'overdose' de drogas no grupo etário de mais de 50 anos
aumentou 75%, indicando que esse problema está cada vez mais associado a
consumidores de longo prazo com mais idade. Em
2018, metade dos países comunicou uma pureza média da heroína no
retalho entre 18% e 30% e um preço médio no intervalo de 29 a 79 euros
por grama. Tanto a pureza como o preço da droga estabilizaram nos últimos anos, embora a pureza num nível relativamente alto. Contudo, as apreensões de heroína na União Europeia estão a aumentar, segundo o relatório, com um aumento de 5% em 2018.