Autor: Paulo Faustino
O Observatório Astronómico de Santana - Açores (OASA) vai ter um planetário fixo, sendo que o projeto da sua construção será apresentado publicamente esta quarta-feira.
A cerimónia contará com
a presença de João Dâmaso Moniz, presidente d’A Ponte Norte -
Cooperativa de Ensino e Desenvolvimento da Ribeira Grande, na qualidade
de entidade gestora do OASA, bem como de Flávio Tiago, Diretor Regional
da Ciência e Tecnologia, e de Alexandre Gaudêncio, presidente da Câmara
Municipal da Ribeira Grande.
Trata-se de um investimento considerado premente pelo governo, através daquela direção regional, atendendo à importância dos planetários como ferramentas ao serviço das mais modernas estratégias de divulgação das ciências.
O planetário que se
pretende construir no OASA terá capacidade para cerca de 30 pessoas,
estando dotado de um sistema de projeção digital única central, com uma
lâmpada em forma de olho de peixe. Assim sendo, a projeção ocorrerá a
360º, possuindo as cadeiras uma inclinação de aproximadamente 35º,
permitindo uma experiência mais imersiva.
A iluminação interior do
planetário deverá ser mínima, de modo a garantir a segurança e a
mobilidade dos visitantes, devendo contar ainda com um sistema de som
surround e de ar condicionado.
“Numa região onde as tecnologias espaciais são já uma realidade, e onde a educação científica se vê como essencial para criar uma sociedade informada e um corpo técnico especializado, com a promessa de um futuro impacto relevante a nível social e económico, ter um espaço como o OASA, a deter instrumentos educativos como um planetário fixo, será a garantia de que esta comunidade possa experienciar e integrar-se num espírito científico onde a descoberta do Universo e a integração científica são normais e parte do seu quotidiano”, pode ler-se numa nota de imprensa.
Surgida nos anos 20 do século passado, a conceção moderna de planetário assemelha-o a um ‘teatro espacial’, onde o público é integrado num ambiente imersivo que funciona como um excecional instrumento de educação científica, a partir do qual os astrónimos aproveitam para explicar o que é possível ver no céu e demonstrar os seus movimentos.
Atualmente, os planetários estão espalhados por todo o mundo, destacando-se como instrumentos tecnologicamente avançados essenciais, tanto no entretenimento, como na promoção da cultura científica.