Obras no Centro de Saúde das Velas devem arrancar em novembro
28 de out. de 2021, 09:00
— Lusa/AO Online
José Manuel Bolieiro,
que falava no Centro de Saúde das Velas, na ilha de São Jorge, na
apresentação do projeto, considerou estar em causa um momento de
“alegria e um lugar de esperança”, numa alusão à pretensão da população
face ao estado de degradação daquela unidade.O
líder do executivo açoriano considerou que a saúde “é uma grande
prioridade”, afirmando que a remodelação é uma reivindicação das
pessoas, das famílias, uma atitude cívica e também dos políticos.A
primeira fase da obra de remodelação do Centro de Saúde das Velas
avançou com o anterior governo socialista mas, em setembro de 2020, o
empreiteiro abrandou a obra, deixando-a executada em 10%, tendo o
projeto sido atualizado em início de 2021, já depois das eleições que
levaram ao poder a coligação PSD/CDS-PP/PPM.O
projeto está orçado em 2,5 milhões de euros, tendo um prazo de execução
de 18 meses, devendo as obras arrancar em novembro e terminar em agosto
de 2023.José Manuel Bolieiro considerou
que, até 2020, se “conviveu com o problema” e “a partir de 2021 [com o
novo governo de coligação dos Açores] se foi para o terreno”.O
governante observou que, por vezes, é necessário dar um passo atrás
para seguir em frente, destacando a “decisão acertada, começando de novo
sem perder face a um projeto incapaz”.Na
chegada a São Jorge, para a segunda visita estatutária, depois da
ilha Graciosa, Bolieiro reuniu-se com o presidente da Câmara das Velas
de São Jorge, Luís Silveira, reeleito pelo CDS-PP, que disponibilizou um
terreno da autarquia para ampliar o Centro de Saúde das Velas.José
Manuel Bolieiro referiu que a “prioridade máxima na reflexão feita com o
presidente da Câmara” se prende “com a saúde e a acessibilidades aos
serviços de saúde em particular, designadamente o Centro de Saúde das
Velas”.O governante referiu que “há um
capital de queixa em São Jorge a que se é sensível e que tem a ver com
os transportes passageiros quer pela via aérea ou acessibilidade
marítima”.A intenção é “trabalhar para fazer justiça a São Jorge e potenciar as suas oportunidades”.O
presidente do Governo Regional considera estar em causa uma ilha “cada
vez mais procurada, daí que se tenha que potenciar” as suas
acessibilidades “enquanto destino turístico”.Bolieiro
disse que o Governo vai “trabalhar com a máxima intensidade” nas
acessibilidades a São Jorge, para além da denominada Tarifa Açores
(viagens de avião para residentes nos Açores a 60 euros), de que a ilha
“beneficiou muito”.“Apesar do aumento do número de lugares, ela [a tarifa] ainda não é suficiente e não corresponde à procura”, indicou.Daí
que o executivo açoriano pretenda “acertar com a SATA um aumento de
voos que se justifica não apenas no quadro das obrigações de serviço
público mas mesmo na vontade comercial face à procura”.No
capítulo das ligações marítimas, pretende-se aumentar o número de
rotas, melhorar os horários, para além de localizar um navio nas Velas,
entre outras pretensões.A visita à ilha de São Jorge termina hoje, no concelho da Calheta.