Obras nas instalações do Terceira Tech Island nos Açores arrancam em 2019
12 de nov. de 2018, 17:36
— Lusa/AO online
"Preparámos
já os concursos para a requalificação das habitações. Estamos a ultimar
o projeto para a requalificação da escola, que será o complexo
empresarial. As habitações permitirão que as empresas captem quadros
qualificados à escala mundial para se instalarem cá. No seu conjunto,
penso que teremos ao longo do próximo ano essas obras todas as
decorrer", adiantou o vice-presidente do executivo açoriano. Sérgio
Ávila falava na cerimónia de assinatura do auto de entrega e aceitação
das habitações do Bairro Nascer do Sol e do complexo escolar,
localizados na Praia da Vitória, entre a Força Aérea Portuguesa e o
Governo Regional dos Açores, que decorreu em Angra do Heroísmo. As
infraestruturas utilizadas anteriormente pela Força Aérea
norte-americana na base das Lajes foram dispensadas no âmbito da redução
militar anunciada em 2015, que levou à rescisão por mútuo acordo de
cerca de 400 funcionários portugueses. O acordo hoje assinado
prevê que os direitos e responsabilidades pelos edifícios, incluindo
segurança, vigilância e manutenção, transitem da Força Aérea Portuguesa
para o Governo Regional dos Açores, que pretende criar no local um complexo para empresas ligadas às novas tecnologias, com moradias para atrair programadores. Sérgio
Ávila realçou que o Governo Regional não esperou pela cedência das
infraestruturas para avançar com o projeto Terceira Tech Island, que já
formou 40 programadores e fixou na ilha seis empresas, em instalações
provisórias. "Este projeto tem condições até ao final de 2020
para criar um número de postos de trabalho diretos correspondente aos
postos de trabalho reduzidos de forma direta pela redução da presença
dos norte-americanos na base das Lajes", apontou. Segundo o
vice-presidente do executivo açoriano, até ao final do próximo ano
deverão ser criados na ilha Terceira "mais de 220 postos de trabalho
novos na área da programação" e até ao final de 2020 prevê-se que esse
número atinja os 400. "Não ficámos à espera que houvesse
situações que poderiam levar à utilização para o mesmo fim daquelas
instalações. Encontrámos uma solução regional e nacional que nos permite
criar uma alternativa consistente", frisou.