Objetivo "prioritário" do Governo Regional é normalizar abastecimento às Flores
Açores/Mau Tempo
26 de nov. de 2019, 15:10
— Lusa/AO Online
"O
objetivo prioritário do Governo [Regional] é normalizar a situação de
abastecimento às ilhas das Flores e do Corvo. Resolvida esta parte, é a
partir daí que tudo se normaliza", declarou o presidente do Governo dos
Açores, Vasco Cordeiro.O governante falava
na Assembleia Legislativa Regional, em debate sobre o Plano e
Orçamento, e respondia a questões dos deputados do PSD Bruno Belo e do
PPM Paulo Estêvão sobre o abastecimento à ilha das Flores e também do
Corvo, ilhas severamente afetadas pela passagem do "Lorenzo" no começo
de outubro.Vasco Cordeiro espera que esta
semana fiquem concluídos trabalhos no porto das Lajes das Flores,
destruído com a intempérie, para perceber que área acostável ficará
disponível e, a partir daí, analisar que tipo de navio se vai contratar e
que comprimento e carga poderá este ter."Será
em função dos dados que resultem deste trabalho que é possível avaliar
que navio é que pode operar ali", acrescentou o governante, que diz que
somente após edital do capitão do Porto da Horta se poderá avançar para a
fase seguinte."Ainda não estamos em situação de normalidade", reconheceu ainda o presidente do Governo dos Açores.O
PSD dos Açores, à imagem do que o deputado social-democrata na
Assembleia da República Paulo Moniz havia já feito, embora dirigindo-se
ao primeiro-ministro, questionou Vasco Cordeiro sobre a possibilidade de
criação de um regime de exceção, na sequência do furacão "Lorenzo", de
isenção do pagamento de contribuições à Segurança Social para empresas e
trabalhadores independentes nas Flores e Corvo.Durante
a passagem do “Lorenzo” pelos Açores, em outubro, foram registadas 255
ocorrências e 53 pessoas tiveram de ser realojadas.O
furacão causou a destruição total do porto das Lajes das Flores,
estimando-se que o prejuízo registado possa ascender, neste caso em
concreto, a mais de 190 milhões de euros.No total, o mau tempo provocou prejuízos de cerca de 330 milhões de euros no arquipélago, segundo o Governo Regional dos Açores.O
presidente do executivo regional, Vasco Cordeiro, reiterou na
quarta-feira apreço pela solidariedade demonstrada pelo Governo da
República, que assumirá financeiramente um total de 85% dos estragos
causados.