Obesidade afeta cerca de 641 milhões de adultos no mundo

1 de abr. de 2016, 11:03 — Lusa/AO online

  “Em 40 anos, passamos de um mundo onde as pessoas obesas são mais do que aquelas que estão com baixo peso”, disse o professor Majid Ezzati, do Imperial College de Londres, que coordenou o estudo divulgado na revista médica britânica The Lancet. Segundo o estudo, um em cada oito adultos é obeso, um rácio que mais do que duplicou desde 1975 e que vai aumentar para um em cada cinco até 2025. O estudo, considerado um dos mais abrangentes feito até ao momento, teve como base dados de cerca de 19 milhões de pessoas com 18 anos ou mais, residentes em 186 países. O coordenador do estudo alertou para a ameaça de uma crise de “obesidade severa” e de doenças provocadas pelo alto teor de gordura, de dietas ricas em açúcar, que provocam aumento da tensão arterial e do colesterol. “Haverá consequências para a saúde de uma magnitude que não sabemos”, afirmou Majid Ezzati. O estudo refere que nos homens a obesidade triplicou de 3,2% da população em 1975 para 10,8% em 2014 (cerca de 266 milhões de homens). Nas mulheres, a obesidade cresceu de 6,4% em 1975 para 14,9% em 2014 (cerca de 375 milhões). Em 2014, as pessoas mais gordas do mundo viviam nos países da Polinésia e Micronésia, onde 38% dos homens e mais de metade das mulheres são obesos, refere o estudo. Cerca de 118 milhões dos obesos do mundo vivem nos Estados Unidos, Reino Unido, Irlanda, Austrália, Canadá e Nova Zelândia. No outro extremo, segundo o estudo, Timor-Leste, Etiópia e a Eritreia são os países onde vivem as pessoas com menos peso do mundo.