Obama reforça intenção de destruir EI e deixa aviso aos líderes daquele grupo

14 de dez. de 2015, 18:49 — Lusa/AO online

  "Estamos a atingi-los mais intensamente do que nunca", disse Obama, intervindo depois de o ataque em San Bernardino, aparentemente influenciado pelo EI, ter levantado dúvidas sobre a sua estratégia de combate ao grupo extremista. Oito dias após um discurso solene no Salão Oval, Obama anunciou que o secretário de Defesa, Ashton Carter, vai deslocar-se ao Médio Oriente, para "trabalhar com parceiros da coligação e obter mais contribuições militares". Recordando a luta dos EUA e países aliados no Iraque e na Síria, o chefe de Estado norte-americano, que falava no Pentágono depois de uma reunião com os líderes militares americanos, acrescentou que, "à medida que o coração do Estado Islâmico for sendo apertado", vai-se tornando mais difícil para a organização "difundir propaganda para o resto do mundo". Dizendo que os 'jihadistas' usam "homens, mulheres e crianças indefesas como escudos humanos", Obama considerou que "esta continua a ser uma luta dura", mas assinalou que o EI "perdeu vários milhares de quilómetros quadrados de territórios que controlava na Síria". "Em muitos lugares, [os membros do EI] perderam liberdade de manobra, pois sabem que, se se unem, são eliminados", sublinhou, acrescentando que, desde o verão, a organização extremista "não concretizou nenhuma grande operação, nem no Iraque, nem na Síria". Dando o exemplo de diversos líderes do EI mortos em operações da coligação, Obama emitiu ainda um aviso severo. "Os líderes do ISIS [sigla inglesa para Estado Islâmico do Iraque e do Levante] não se podem esconder", afirmou Obama, adiantando que a mensagem que lhes dirige é simples: "Vocês são os próximos". Já antes do atentado cometido por um casal muçulmano na Califórnia ter matado 14 pessoas, as sondagens mostravam que mais de 60% dos americanos desaprovavam a forma como Obama tem lidado com a ameaça terrorista no geral e com o EI em particular. Obama não deu mostras de mudar de tática entretanto, mas admitiu: "Reconhecemos que os progressos têm de ser mais rápidos".