As declarações do técnico seguiram-se
ao empate a 1-1 frente ao Alverca B, que ditou o regresso da equipa da
vila piscatória ao Campeonato de Futebol dos Açores (CFA). Nelo
assumiu a sua quota parte na responsabilidade pela descida, mas recordou
que “só podia falar do seu trabalho” desde a chegada ao comando da
equipa, assinalando que o principal planeamento já tinha sido realizado
no início da época, quando os “pescadores” ainda estavam sob o comando
técnico de Hélio Oliveira.“A minha responsabilidade era que o clube
atingisse a manutenção. Com os argumentos que tive, tentei, lutei e
trabalhámos de uma forma disciplinada. [Os jogadores] deram o máximo
todos os dias”, considerou o técnico. Também na ocasião, o
presidente do clube, Jaime Vieira, disse estar “triste”, por acreditar
que “o Desportivo de Rabo de Peixe, pelo patamar que atingiu e pelo
plantel que tinha, não merecia esta descida”. “O clube caiu, mas vai levantar-se”, adiantou, mesmo que isso não signifique a subida de divisão já na próxima época. O
dirigente assegurou a continuidade de Nelo no comando da equipa,
dizendo que, aquando da contratação, “acertámos por dois anos,
independentemente de a equipa continuar a disputar o Campeonato de
Portugal ou regressar ao CFA”. Fazendo uma análise à época, Vieira
apontou como principais dificuldades a captação de talentos para o Rabo
de Peixe, assinalando a competitividade com a Liga 3, preferida por
muitos dos jogadores, ou os valores “que não são os mais acertados”
pedidos por outros.O presidente reconheceu também que algumas das contratações efetuadas não surtiram o efeito desejado na equipa.