“O mais importante é o caminho que percorremos e com quem” - António Lima
O outro lado do candidato
6 de out. de 2020, 14:54
— AO Online
Que livro ou livros tem atualmente na mesa de cabeceira ? Qual o seu género literário preferido?Tento
ter sempre alguma leitura comigo, pois é nas deslocações que aproveito
para avançar mais com a leitura. Os livros digitais estão por isso
sempre comigo. Neste momento, leio aos poucos Regionalismo e autonomia –
das origens ao debate constitucional, de Luís Reis Torgal e outros, O
século XX Português, de José Miguel Sardica e The Eye of The Heron, de
Ursula K. Le Guin. Não posso dizer que tenha um género literário
preferido, mas a ficção científica acaba por ser presença muito habitual
nas minhas leituras.Que série televisiva anda a ver? Porquê?Sempre
que posso vejo The Man in The High Castle. É uma interessante adaptação
à televisão de um livro que desconhecia de Philip K. Dick, autor da
história que deu origem ao filme Blade Runner. The Man in The High
Castle retrata um mundo distópico em que as potências do eixo venceram a
2ª Grande Guerra. É um interessante exercício nos tempos que correm.Qual o filme da sua vida?Não
posso dizer que tenha filmes ou livros preferidos. Há naturalmente
muitos. Alguns que marcaram e que continuam a marcar determinados
períodos. Blade Runner, a maioria dos filmes de Tarantino, a Vida é
Bela, Cinema Paraíso são alguns deles.Que música não lhe sai da cabeça?Felizmente
nenhuma. Ter uma música constantemente na cabeça, sem conseguir
esquecê-la é bastante irritante. Há uns meses tinha frequentemente
músicas infantis, mas, felizmente, já me habituei à sua presença quase
constante em casa.Banda ou músico preferido?Tal como os filmes
ou livros, a música vai marcando determinadas fases. Não é possível
escolher um. Oiço um pouco de tudo, desde o rock (cada vez menos) ao
jazz que normalmente me faz companhia na escrita.Como ocupa os seus tempos livres?Aqui
e ali é necessário tentar criar algum tempo livre em que a leitura, as
séries - mais do que o cinema atualmente - e, mais recentemente, a
fotografia acabam por ocupar a maior parte do tempo. Com menor
frequência dedico algum tempo a tocar baixo em casa ou com amigos. Isso,
para além daquele tempo que tem de ser dedicado a quem gostamos,
principalmente à família.É adepto de atividade física, por gosto ou por obrigação?Gosto
de desporto e atividade física em geral. Confesso que não tenho
dedicado tempo a ela, para além da ocasional caminhada. Mas tenho a
consciência que a saúde a longo prazo exige que passe a ser, pelo menos,
um praticante regular.Qual o seu clube do coração?Sou adepto do Benfica.Que tipo de pessoa é ao acordar?De poucas conversas.Quem cozinha lá em casa?Lá
em casa as tarefas são todas partilhadas, mas a verdade é que não sou o
melhor, nem o mais versátil cozinheiro lá de casa, e por isso não me é
atribuída essa tarefa na maioria das vezes. Mas faço uma bolonhesa que é
muito elogiada.Prefere escrever com caneta ou teclado?Prefiro
escrever com a caneta, mas como quase tudo o que escrevo tem de ir para o
formato digital, escrevo quase sempre diretamente no computador. No
entanto, há pensamentos que fluem melhor com a caneta.Quem faz as compras domésticas?As tarefas lá em casa são partilhadas, incluindo as compras.Como se desloca para o trabalho?De
carro, dada a distância a que resido e à desadequação dos transportes
públicos, não só na minha zona de residência, mas também em toda a ilha.Cidade que mais gostou de visitar e porquê?Certamente
influenciado por ter sido a última cidade onde estive realmente de
férias, Praga. A arquitetura, o património histórico e os frios dias de
dezembro tornam Praga um local com uma atmosfera única.Quantas vezes por dia consulta as redes sociais?Mais
do que duas ou três vezes por dia, certamente. É importante para quem
desenvolve atividade política estar atento e presente também nas redes
sociais.Que importância dá às redes sociais?São mais um espaço
onde é necessário estar. Há problemas muito sérios no que respeita ao
modo de funcionamento das redes sociais e dos seus efeitos na
democracia. São necessárias mudanças muito profundas na forma como as
redes sociais são geridas. Não significa isso que devamos, enquanto
ativistas políticos, abdicar de ocupar e participar nesse espaço onde
também se desenrolam as mesmas disputas sociais do mundo não virtual.Qual é o seu principal defeito?Prefiro
deixar a avaliação dos meus defeitos e virtudes a quem comigo convive,
trabalha e a quem tem de avaliar o meu trabalho, e que, neste momento,
são as eleitoras e eleitores açorianos.E a principal virtude?A mesma resposta da pergunta anterior: deixo aos outros essa avaliação.O que é mais importante na sua vida?O
mais importante é o caminho que percorremos e com quem o fazemos. Na
vida pessoal e familiar, na vida profissional e na política, ter a
oportunidade de escolher com quem caminhamos e que lutas queremos travar
é o mais importante. Podemos não vencer todas e atravessar muitas
dificuldades e contratempos. Mas se não estivermos sozinhos já valeu a
pena.