Nuno Melo defende substituição dos ministros das Infraestruturas e da Agricultura
5 de set. de 2022, 15:23
— Lusa/AO Online
“Portugal vive um momento muito
sensível e precisamos de pessoas capazes, completamente comprometidas
com o exercício da governança e, por isso, a par das medidas de natureza
fiscal, que têm a ver com o mercado, pense o primeiro-ministro em
substituir não apenas a ministra da Saúde, mas a senhora ministra da
Agricultura, Maria do Céu Antunes, e o senhor ministro das
Infraestruturas, Pedro Nuno Santos”, afirmou Nuno Melo. O
líder centrista falava aos jornalistas na 'rentrée' política do CDS/PP
Madeira, que decorre hoje no parque florestal do Chão dos Louros, no
concelho madeirense de São Vicente. Na
perspetiva de Nuno Melo, o primeiro-ministro, António Costa, deve
proceder neste “momento sensível” à remodelação do executivo,
substituindo aqueles “que não estão à altura dos tempos e à altura das
dificuldades que se agravam”.O presidente
do CDS, partido que governa a região em coligação com o PSD, defendeu
que o país “não pode ter à frente da pasta da Agricultura uma ministra
que estigmatiza e trata mal confederações que representam milhares de
agricultores apenas porque não aconselham em eleições o voto no partido
socialista”.Nuno Melo acrescentou também
que “Portugal não pode ter à frente das Infraestruturas, quando estão em
causa dossiês absolutamente estratégicos para o país, quem por sua
recriação decide a construção de dois aeroportos sem ouvir o
primeiro-ministro, sem levar o tema a Conselho de Ministros, sem ouvir
as oposições, sem informar o Presidente da República, sem conhecimentos
técnicos”.O centrista disse ainda que o
Governo é atualmente composto “não por uma coligação de partidos, mas
por uma coligação de duas fações antagónicas do Partido Socialista”.O
executivo liderado por António Costa reúne-se hoje em Conselho de
Ministros extraordinário para aprovar um pacote de medidas de apoio ao
rendimento das famílias que visa responder ao contexto atual de inflação
e aumento do custo de vida.No domingo,
Nuno Melo desafiou o primeiro-ministro a reduzir o IVA dos produtos
essenciais “temporariamente à taxa zero” e a criar uma entidade
reguladora para o setor agroalimentar.