Nuno Barata é candidato único à liderança da IL/Açores no plenário de sábado

7 de out. de 2022, 10:55 — Lusa/AO Online

“Libertar os Açores e os açorianos” é o mote do documento de orientação política apresentado pelo único candidato à liderança da IL/Açores, que ocupa o cargo desde 2020.Na proposta, que será votada em plenário, Nuno Barata defende “uma região mais livre, mais capaz, mais responsável e menos dependente de ajudas e favores políticos”, revelou o partido, em comunicado de imprensa.Para que tal aconteça, o candidato à liderança da IL/Açores considera que é preciso “reduzir a ocupação do sistema político-administrativo pelo partido do poder ou partidos no poder” e “fomentar uma sociedade civil saudável e uma economia livre, onde a cor política não é vantagem ou obstáculo”.Nuno Barata propõe ainda “libertar o investidor e o cidadão da dependência de aprovações administrativas e complicações desnecessárias” e “retirar o Estado e a Região Autónoma do comando da economia e do setor empresarial, libertando o contribuinte de gestões perdulárias e partidarizadas”.O candidato liberal reivindica “um sistema fiscal competitivo” na região, que leve “ao limite a redução dos impostos permitida pela lei”, e alega que foi por iniciativa da IL que foi aprovado “o maior choque fiscal de sempre nos Açores”.“Um euro de imposto representa uma perda líquida de 40 cêntimos de bem-estar”, salienta, exigindo “uma região mais livre das peias dos impostos e dos regulamentos asfixiantes da economia e das liberdades individuais”.O dirigente da IL/Açores afirma que “o uso continuado de socialismo enfraqueceu a economia, a sociedade civil e até as instituições políticas” na região.“A asfixia de 24 anos de poder monopartidário e de políticas repetitivas e estatistas trouxeram os Açores aos piores lugares nos ‘rankings’ europeus da pobreza, do desemprego, do rendimento médio das famílias, da educação e até da assistência na doença”, advoga.Barata reitera que é preciso “libertar os Açores e os açorianos de serem contribuintes forçados de projetos megalómanos” e reclama “melhores soluções nos transportes aéreos e marítimos, na energia, na saúde, na educação e até no setor primário”.“Há lugar para política à séria, reformista, moderada, mais ambiciosa, arrojada e contemporânea, que propõe soluções que funcionam, que funcionaram sempre que foram tentadas, em toda a parte do mundo”, sublinha.Em outubro de 2020, a Iniciativa Liberal concorreu pela primeira vez a um ato eleitoral nos Açores, nas eleições legislativas regionais, com listas em três dos 10 círculos eleitorais possíveis, tendo elegido um deputado pelo círculo de compensação.O PS, que governava a região há 24 anos, venceu as eleições, mas sem maioria absoluta, e o PSD, segundo partido mais votado, formou coligação com CDS-PP e PPM.Sem maioria no parlamento açoriano, os social-democratas assinaram acordos de incidência parlamentar com a IL e com o Chega (em conjunto com CDS-PP e PPM).Nuno Barata Almeida e Sousa, que se recandidata por mais dois anos à liderança da IL/Açores, tem 56 anos, é licenciado em Estudos Europeus e Política Internacional e era gestor portuário antes de ser eleito deputado regional, em outubro de 2020.Já tinha sido deputado à Assembleia Legislativa dos Açores, entre 1996 e 2000, pelo CDS-PP.O Plenário Regional do Núcleo Territorial dos Açores da Iniciativa Liberal (semelhante a congressos noutros partidos) reúne-se no Parque de Ciência e Tecnologia da Ilha de São Miguel, Nonagon, contando com a participação de militantes de várias ilhas e de dirigentes nacionais do partido.Para além da eleição de novos órgãos regionais, serão aprovadas neste plenário as linhas de orientação da IL/Açores para os próximos dois anos.Os liberais açorianos vão analisar também em plenário a criação do regimento de funcionamento do núcleo territorial dos Açores e dos grupos de coordenação regional e de ilha.