Número de internamentos por covid-19 nos Açores baixou em julho
12 de jul. de 2024, 12:22
— Lusa/AO Online
“Nas
últimas semanas, a evolução do número de internamentos nos três
hospitais tem sido tendencialmente decrescente”, adiantou à Lusa, por
escrito, fonte oficial da Secretaria Regional da Saúde e Segurança
Social.Segundo os dados da
tutela, a 12 de junho, estavam internados com covid-19 nos Açores 20
utentes, quatro no Hospital da Horta (HH) e 16 em várias unidades de
saúde da ilha de São Miguel, onde estão a funcionar os serviços do
Hospital do Divino Espírito Santo (HDES) de Ponta Delgada, afetado por
um incêndio em maio.A 17 de junho,
estavam internadas 20 pessoas na região, mas o número baixou para 19 na
semana seguinte e para 14 a 01 de julho.Os
dados mais recentes, de 08 de julho, registavam nove doentes
internados, um no Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira (HSEIT),
dois no HH e seis na ilha de São Miguel.Apesar
de, neste período, o número mais elevado de internamentos no HSEIT, ter
sido de cinco (01 de julho), o hospital decidiu voltar a impor o uso
obrigatório de máscara nas visitas aos utentes.“Torna-se
obrigatória a utilização de máscaras por visitantes e acompanhantes
significativos de doentes internados. Recomenda-se também, nesta fase de
maior incidência, o uso de máscara por todos os utentes que recorram ao
serviço de urgência geral”, lê-se numa publicação na página da rede
social Facebook do HSEIT, partilhada na segunda-feira.Na
mesma publicação, o hospital justifica a necessidade de “atualização
das medidas de prevenção e controlo da infeção”, atendendo à
“apresentação clínica heterogénea da infeção por SARS-CoV-2, cuja
evolução depende da modulação do risco individual de doença grave” e à
“importância epidemiológica das medidas que reduzem a transmissão do
vírus”.A Lusa procurou obter mais
esclarecimentos junto do HSEIT, mas a diretora clínica não se mostrou
disponível para prestar declarações.Questionada
sobre se outras unidades de saúde poderiam adotar estas medidas e sobre
quais as recomendações da Direção Regional da Saúde, a tutela respondeu
apenas que essas recomendações, “que se mantém em vigor, constam no
Portal do Governo dos Açores”.Segundo a
Secretaria Regional da Saúde, tendo em conta que a Organização Mundial
de Saúde (OMS) declarou a covid-19 como doença endémica, em maio de
2023, “a monitorização do número de casos de covid-19 não tem sido
realizada de forma tão minuciosa como durante a época pandémica, uma vez
que a notificação deixou de ser obrigatória”.Ainda
assim, de acordo com os dados disponíveis, existiam 27 casos ativos na
região a 01 de julho, todos na ilha de São Miguel,O número mais elevado registado em 2024, ocorreu a 01 de janeiro, com 33 casos ativos, todos em São Miguel.A
tutela assegurou que a Direção Regional da Saúde tem estado a
acompanhar a situação epidemiológica em Portugal, em articulação com a
Direção-Geral da Saúde (DGS), que registou “26 casos a sete dias por
100.000 habitantes a 30 de junho de 2024, apresentando uma tendência
crescente”, valor “inferior ao pico de incidência do último verão de 42
casos por 100.000 habitantes”.No dia 03 de
julho, a secretária regional da Saúde e Segurança Social, Mónica Seidi,
apelou à população para tomar medidas de prevenção, mas rejeitou uma
“situação anormal” na tendência de infeções na região.“Como
governante, aquilo que apelo é que as pessoas cumpram as medidas que
foram instituídas na altura da pandemia”, afirmou Mónica Seidi, à margem
de uma reunião com a Ordem dos Enfermeiros, em Ponta Delgada.“Tudo
o resto caberá à direção regional acompanhar e monitorizar e, depois,
ponderar se for necessário tomar outro tipo de atitudes”, acrescentou.