Número de desempregados inscritos no IEFP aumenta 36,4% em junho em termos homólogos
20 de jul. de 2020, 11:31
— Lusa/AO Online
De acordo com o IEFP, no final de
junho, estavam registados nos serviços de emprego do continente e
regiões autónomas 406.665 desempregados, número que representa 74,8% de
um total de 543.662 pedidos de emprego.O
total de desempregados registados no país foi superior ao verificado no
mesmo mês de 2019 (36,4%) e inferior face ao mês anterior (0,6%).Segundo
o instituto, para o aumento do desemprego registado face ao mês
homólogo de 2019 (variação absoluta) “contribuíram todos os grupos do
ficheiro de desempregados, com destaque para as mulheres, os adultos com
idades iguais ou superiores a 25 anos, os inscritos há menos de um ano,
os que procuravam novo emprego e os que possuem como habilitação
escolar o secundário”.A nível regional, no
mês de junho de 2020, o desemprego registado diminuiu, por comparação
ao mês anterior, na maioria das regiões, com exceção para as regiões de
Lisboa e Vale do Tejo (com mais 1,6%) e região autónoma da Madeira (com
mais 3,5%).Quanto ao período homólogo, o
aumento mais pronunciado deu-se na região do Algarve (com mais 231,8%) e
como única exceção, encontra-se a região autónoma dos Açores (com
-1,7%).Considerando os grupos
profissionais dos desempregados registados no continente, salientam-se
os mais representativos, os trabalhadores não qualificados (25,6%), os
trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção segurança e vendedores
(22,1%), o pessoal administrativo (11,7%), os trabalhadores qualificados
da indústria, construção e artífices (10,9%) e especialistas das
atividades intelectuais e científicas (9,4%).Relativamente
ao mês homólogo de 2019 (excluindo os grupos com pouca
representatividade no desemprego registado), o grupo de operadores de
instalações e máquinas e trabalhos de montagem (com 61,3%) apresentou a
mais expressiva subida percentual do desemprego, seguido dos grupos
trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção segurança e vendedores
(56,5%) e pessoal administrativo (39,7%).No
que respeita à atividade económica de origem do desemprego, dos 35.6577
desempregados que, no final do mês em análise, estavam inscritos como
candidatos a novo emprego, nos Serviços de Emprego do Continente, 73%
tinham trabalhado em atividades do setor dos serviços, com destaque para
as atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de
apoio(29,7%), e 21% eram provenientes do setor secundário, com
particular relevo para a construção (6,4%).Ao setor agrícola pertenciam 3,7% dos desempregados.O desemprego aumentou nos três setores de atividade económica face ao mês homólogo de 2019.