Número de casos de variantes indianas está a aumentar na União Europeia
Covid-19
12 de mai. de 2021, 12:36
— Lusa/AO Online
De
acordo com o Centro Europeu para o Controlo e Prevenção de Doenças, as
três variantes indianas identificadas "têm perfis de mutação distintos",
que justificam uma avaliação individual, e a informação disponível
sobre a sua transmissibilidade, gravidade da doença e potencial de fuga
imunológica relativamente a outras variantes que também circulam no
espaço europeu é ainda muito limitada."Ainda
não é possível avaliar o impacto total destas variantes na saúde
pública", referiu o Centro Europeu para o Controlo e Prevenção de
Doenças, no documento hoje divulgado.O
conhecimento insuficiente sobre estas novas variantes obriga a que as
medidas para evitar a propagação da covid-19 se mantenham, recomenda o
organismo europeu. "É necessária uma maior
compreensão dos riscos relacionados com estas variantes antes que
qualquer modificação das medidas atuais possa ser considerada", referiu o
Centro Europeu para o Controlo e Prevenção de Doenças, no mesmo
relatório. A vacina contra o SARS-CoV-2
deve "continuar a ser uma alta prioridade para reduzir a mortalidade" e
para reduzir a transmissão, como foi possível documentar em Israel e no
Reino Unido. O organismo responsável pelo
controlo de doenças alerta, contudo, que a cobertura de vacinação, "em
todos os países da União Europeia", continua "em níveis baixos", por
isso aconselha prudência no relaxar das medidas para evitar a propagação
do vírus, "incluindo as relacionadas com viagens"."É
necessária uma maior caracterização destas variantes para permitir uma
avaliação completa das suas potenciais implicações para a saúde
pública", salientou o Centro Europeu para o Controlo e Prevenção de
Doenças.Para melhor perceber e avaliar as
potenciais implicações das estirpes indianas na saúde pública, "deve ser
reforçada a vigilância genómica orientada", incluindo os casos
associados a viagens, ajuntamentos ou surtos, tal como é necessário
fazer a caracterização antigénica das variantes do SARS-CoV-2 e "uma
vigilância geral reforçada". O organismo
europeu recomenda os laboratórios a continuarem atentos para "detetar
quaisquer desajustes" em sondas específicas de ensaio RT-PCR em
comparação com os genomas dos vírus em circulação.As
três variantes do vírus analisadas foram identificadas pela primeira
vez em dezembro de 2020 na Índia, país onde nas últimas oito semanas foi
registado um aumento acentuado do número de casos e mortes associados à
covid-19, tal como em países vizinhos. Esse aumento tem sido relacionado com o crescimento de vírus sequenciados destas novas estirpes.