Núcleo Museológico do Pastel e da Serpentina inaugurado a 11 de dezembro
8 de dez. de 2024, 09:00
— Susete Rodrigues
Desta forma, o Quintal Etnográfico
fica completo com o Núcleo Museológico do Pastel e da Serpentina,
que se junta aos Núcleos Museológicos da Agricultura e da Adega.
Além destes, a Ribeira Chã conta com o Núcleo de Arte Sacra e
Etnografia e a Casa-Museu Maria dos Anjos Melo, indica nota de
imprensa.
Os núcleos museológicos da Ribeira
Chã pretendem ser uma homenagem ao Padre João Caetano Flores,
refere nota de imprensa.
Este novo núcleo museológico perpetua
dois elementos importantes para a história em particular da
freguesia da Ribeira Chã, nomeadamente o pastel e a serpentina.
De acordo com a nota de imprensa, o
pastel é uma planta tintureira, donde se pode extrair a cor
azul-escuro e o preto, tendo sido utilizada num dos mais antigos
processos de tinturaria dos Açores. A sua cultura foi uma das mais
relevantes fontes de riqueza durante os primeiros séculos de
povoamento do arquipélago, tendo sido muito importante para a
economia do arquipélago até meados do século XVII, altura em que o
seu ciclo terminou devido ao aparecimento de produtos de maior
rentabilidade e menor preço.
Fruto do trabalho e do reconhecimento
da importância da salvaguarda do património cultural por parte do
Padre Caetano Flores, estará exposta no novo núcleo uma mó que se
revela um testemunho desta indústria.
A serpentina é uma planta da mesma
família dos “jarros” de folhagem verde, de crescimento
espontâneo nos campos, à beira das estradas, nos jardins, e dá-se
nos barreiros sombrios e húmidos ou em bosques fechados, mas também
pode ser plantada.
Para fins culinários, a sua raiz é
transformada em farinha, tendo sido muito usada no passado na
culinária da ilha de São Miguel, em particular na Ribeira Chã.