Novo responsável do SIRESP inicia funções com missão “urgente” de lançar concurso público
5 de abr. de 2022, 10:55
— Lusa/AO Online
“A defesa do interesse
público, em matéria de satisfação das necessidades de comunicações das
forças e serviços de Emergência e de Segurança, também implica a prática
de atos de gestão urgentes e inadiáveis, desde logo a preparação e
lançamento de um concurso público com vista à contratação da operação e
manutenção da rede SIRESP”, refere o Ministério da Administração Interna
(MAI) em comunicado divulgado hoje, que anuncia que o
brigadeiro-general do Exército Paulo Viegas Nunes, especialista em
comunicações, inicia funções em 05 de abril como novo presidente do
Conselho de Administração da SIRESP SA. Paulo
Viegas Nunes vai substituir Sandra Neves, que antes de entrar para a
empresa que gere o Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança
de Portugal (SIRESP) foi quadro da Altice, fornecedora principal do
sistema.A 27 de março, numa resposta
enviada à Lusa, o MAI acusou Sandra Neves de adiar “insistentemente” o
processo de lançamento do concurso público internacional para a
renovação do contrato da operação e manutenção da rede de comunicações
SIRESP.O decreto-lei que define o modelo
transitório de gestão, operação, manutenção, modernização e ampliação do
SIRESP estabelece como período limite, 31 de dezembro de 2022, para a
criação de uma entidade para assegurar toda a rede tecnológica do MAI,
que inclui a área tecnológica da Rede Nacional de Segurança Interna, as
comunicações, o 112.pt, a rede SIRESP e as bases de dados dos serviços e
organismos da administração interna).Esta
nova entidade, que ainda não foi criada, seria também responsável por
preparar o concurso público internacional para o novo contrato.Recentemente,
a agora ex-ministra da Administração Interna pediu à Autoridade
Nacional de Comunicações (ANACOM) um parecer para apoiar na “definição
da solução do caderno de encargos” com vista a abertura de concurso
público internacional.No parecer, a ANACOM
defende que o Estado deve ter “o controlo pleno” sobre a gestão e
operação dos equipamentos da rede de transmissão que suportam a rede de
emergência.O Estado comprou por sete
milhões de euros a parte dos operadores privados, Altice e Motorola, no
SIRESP, ficando com 100%, numa transferência que aconteceu em dezembro
de 2019.