Novo recorde de contaminações diárias no Irão com 27.444 casos
Covid-19
20 de jul. de 2021, 12:19
— Lusa/AO Online
Nas
últimas 24 horas o país registou oficialmente 27.444 novos casos de
infeções, um novo recorde diário que elevou para 3.576.148 o número
total de casos positivos. O
Irão, que prevalece o país mais duramente atingido na região do Médio
Oriente, também registou mais 250 mortes relacionadas com o coronavírus
no mesmo período, indicou o ministério, num total de 87.624 mortos. As autoridades admitiram anteriormente que os números oficiais não englobam todos os casos recenseados. Numa
tentativa para conter a progressão do Covid-19, o comité nacional de
luta contra o coronavírus ordenou o encerramento, a partir da noite de
segunda-feira e durante seis dias, de todas as repartições
administrativas e bancos em Teerão e na província vizinha de Alborz, uma
decisão inédita desde o início da pandemia. O anterior recorde de infeções diárias no país (25.582) foi registado a 14 de abril. A
República islâmica do Irão, com mais de 83 milhões de habitantes,
confronta-se, há várias semanas, com grandes dificuldades em conter o
que o Governo designa por “quinta vaga” da doença, e com origem na
propagação da variante Delta, muito contagiosa. Num
momento em que o Irão se prepara para três dias de feriados – de quarta
a sexta-feira – por ocasião da festa muçulmana do Sacrifício, o Comité
decretou uma proibição das deslocações ou de entrada de viaturas nestas
duas províncias durante seis dias. No
sábado, o Presidente, Hassan Rohani, que abandona o cargo a 03 de
agosto após a eleição de Ebrahim Raisi, lamentou o “muito fraco”
respeito pelas regras de proteção. Em
Teerão, numerosos habitantes prescindem do uso da máscara sem que isso
mereça advertências das autoridades, indica a agência noticiosa AFP. O
Irão, que enfrenta grandes dificuldades financeiras devido às sanções
norte-americanas restabelecidas em 2018, regista grandes dificuldades em
efetuar transações comerciais com o estrangeiro para a importação de
vacinas. Perante
a penúria de doses, as autoridades aprovaram a utilização urgente de
duas vacinas produzidas localmente antes mesmo da sua autorização para
comercialização. Segundo
o ministério da Saúde, cerca de 6,9 milhões de pessoas receberam uma
primeira dose da vacina contra o coronavírus, e apenas 2,3 milhões
garantiram as duas doses necessárias.