Novo presidente do Comité das Regiões quer aproximar UE das pessoas
12 de fev. de 2020, 16:40
— Lusa/AO online
"Não
será uma tarefa fácil, mas juntos, com o poder que nos foi investido
por seis grupos diferentes, acho que o podemos fazer", disse
Tzitzikostas, em conferência de imprensa em Bruxelas, quando questionado
sobre o papel que o Comité das Regiões pode ter no relacionamento com
outras instituições europeias e o desenvolvimento de uma nova política
no relacionamento entre os cidadãos e as instituições.Na
terça-feira, os grupos com assento no Comité das Regiões chegaram a
acordo para o novo mandato da entidade, cabendo os dois anos e meio
iniciais de presidência ao governador da Macedónia Central, o grego
Apostolos Tzitzikostas (PPE) e a segunda metade ao presidente do Governo
dos Açores, Vasco Cordeiro (PSE), que até lá será o primeiro
vice-presidente da entidade.Em conferência
de imprensa onde esteve com Vasco Cordeiro, Apostolos Tzitzikostas
sublinhou que a saída do Reino Unido da União Europeia deve ser o
"despertar" de uma nova realidade europeia, com uma dimensão política
dividida em três campos: europeia, nacional e regional, precisamente com
o impulso do Comité das Regiões.Quer o
governante grego, quer o chefe do executivo dos Açores reiteraram na
conferência de imprensa a sua oposição a eventuais cortes na política de
coesão, chamando Vasco Cordeiro ainda a atenção para os perigos de um
eventual atraso nas negociações do próximo quadro comunitário, que deve
entrar em vigor em janeiro de 2021.O
comité, criado em 1994 na sequência da assinatura do Tratado de
Maastricht, é a assembleia da UE dos representantes regionais e locais
dos 27 Estados-membros.A Comissão
Europeia, o Conselho Europeu e o Parlamento Europeu têm de consultar o
Comité das Regiões quando elaboram textos legislativos sobre matérias em
que as autoridades regionais e locais têm uma palavra a dizer.Em causa estão áreas como emprego, política social, coesão económica, transportes, energia ou mudanças climáticas.