Novo partido Aliança vai pedir audiência ao Presidente da República
7 de nov. de 2018, 16:10
— Lusa/AO Online
O pedido
de audiência ao chefe de Estado foi uma das decisões da primeira
reunião da Comissão Instaladora Nacional da Aliança, que se realizou na
terça-feira, e na qual foi também aprovada formalmente a realização do I
Congresso em 09 e 10 de fevereiro, em Évora, e a constituição de alguns
órgãos do partido.Na
reunião, foi ratificada a Comissão Instaladora Nacional, órgão
executivo composto também com o objetivo de cobrir a generalidade do
território nacional, e que tem como primeiro nome o antigo líder do PSD
Pedro Santana Lopes.Luís
Cirilo, antigo deputado e secretário-geral do PSD, Carlos Pinto, antigo
autarca social-democrata da Covilhã, a antiga deputada do CDS-PP
Margarida Netto ou a ex-secretária de Estado do PSD Rosário Águas são
outros nomes que integram quer a Comissão Instaladora Nacional, quer o
órgão mais restrito, a Comissão Executiva.Rosário
Águas será também a diretora do Gabinete de Estudos do partido,
enquanto Luís Cirilo foi nomeado diretor-executivo da Aliança.Foi
ainda aprovada a constituição de um órgão de aconselhamento, o Conselho
Político Estratégico, que tem como primeiro nome o embaixador e antigo
ministro dos Negócios Estrangeiros António Martins da Cruz, e que
integra vários professores universitários, académicos e médicos.“A
Comissão Instaladora Nacional decidiu mobilizar todas as energias para a
preparação do I Congresso Nacional, momento verdadeiramente fundador da
Aliança, de onde emanarão documentos decisivos para a fixação da
orientação política da Aliança, assim como o ciclo eleitoral que se
inicia em maio próximo com as eleições europeias”, refere ainda o
comunicado.Para
tal, foi nomeada a Comissão Organizadora do Congresso, presidida pelo
antigo autarca do PSD em Torres Vedras e assessor na Santa Casa da
Misericórdia de Lisboa Paulo Bento.A
primeira reunião da Comissão Instaladora Nacional ratificou ainda a
pré-inscrição de militantes, bem como a decisão de instalar sedes da
Aliança no Porto e nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, além
da já existente em Lisboa.De
acordo com o partido, serão também constituídas comissões instaladoras
distritais, no Continente, e regionais nos Açores e na Madeira, “com
vista à implantação da Aliança em todo o território nacional”.
O Tribunal Constitucional (TC) anunciou em 25 de outubro ter aprovado a
formação do novo partido Aliança, que se tornou a 23.ª força política
portuguesa.A
aprovação aconteceu pouco mais de um mês depois de, em 19 de setembro,
Pedro Santana Lopes ter entregado mais de 12 mil assinaturas no TC para
iniciar o processo de formalização do novo partido.No
início de agosto, Santana Lopes confirmou, em declarações ao jornal
‘online’ Observador, a saída do PSD ao fim de 40 anos de militância e a
intenção de formar um novo partido.Em
20 de agosto, foi divulgada a declaração de princípios do partido, na
qual a Aliança afirma ter a sua matriz assente em “três eixos
fundamentais: personalismo, liberalismo e solidariedade”.