Novo hospital de Lisboa vai ser “conquista assinalável” para os utentes
7 de out. de 2024, 17:33
— Lusa/AO Online
“Para
os doentes, para os cidadãos, a construção do novo hospital será uma
conquista assinalável”, uma vez que vai disponibilizar recursos e
tecnologia renovados, um acesso melhorado e um aumento de eficiência,
afirmou Ana Paula Martins no lançamento da obra de 380 milhões de euros,
com um financiamento de até 100 milhões de euros do Plano de
Recuperação e Resiliência (PRR) para ser executado até ao final de 2026.O
novo Hospital de Lisboa Oriental, que será construído em Marvila por um
consórcio liderado pela Mota-Engil, terá três edifícios ligados entre
si, ocupando uma área de 180 mil metros quadrados e uma capacidade total
de internamento de 875 camas.Vai
substituir as unidades hospitalares que compõem atualmente a Unidade
Local de Saúde São José e que estão dispersas pela cidade de Lisboa:
hospitais de São José, Santo António dos Capuchos, Santa Marta, Curry
Cabral e Dona Estefânia e a maternidade Alfredo da Costa.O
modelo contratual para a construção do Hospital Lisboa Oriental
consiste numa parceria público-privada (PPP) para a sua construção e
manutenção, mas terá uma gestão clínica pública.“Os
ganhos são de tal dimensão que ninguém consegue entender como só agora é
possível concretizar este hospital”, afirmou Ana Paula Martins, ao
adiantar que a nova unidade permitirá ainda, passados quase 50 anos, à
Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa “ter um
hospital âncora”.“Um facto estratégico
pela qual esta escola médica sempre lutou e pelo qual também aqui hoje
reafirmo o imperativo desta relação entre hospital e escola médica”,
salientou a ministra.Segundo Ana Paula
Martins, a relação do novo hospital com a academia e com outras
instituições de ensino nacionais e internacionais permitirá ainda
desenvolver “um processo de crescimento colaborativo” que lhe permitirá
se posicionar entre os “melhores e mais modernos da Europa e do Mundo”.A
ministra salientou também que “passaram-se muitos anos” no processo de
construção do novo hospital, recordando que hoje “termina esta caminhada
que, no limite, se iniciou em 1775 (após o terramoto em Lisboa) ou para
os mais otimistas em 1979 ou 2008”.Ana
Paula Martins adiantou ainda que a atuação do Ministério da Saúde está
centrada em “garantir a sustentabilidade do SNS”, em paralelo com a
manutenção dos padrões de qualidade e excelência. “Desafios
que o Governo defende como inequívocos e que tudo faremos para colocar o
nosso país acima dos valores da média da União Europeia”, afirmou a
ministra, ao salientar que essa é uma “obra para um mandato ou talvez
mesmo para mais”.