Novo comandante diz que base "está preparada" para o que a NATO quiser

13 de nov. de 2015, 18:46 — Lusa/AO Online

Segundo o coronel Richard Sheffe, que hoje apresentou cumprimentos à presidente da Assembleia Legislativa dos Açores, Maria Luís, na cidade da Horta, a redução da presença militar americana na Lajes não põe em causa o papel da infraestrutura. "O nosso objetivo é mostrar que a base está pronta para qualquer operação de contingência, para gerir o tráfego aéreo regular que atravessa o Atlântico e apoiar a Força Aérea Portuguesa na sua missão de busca e salvamento", insistiu o novo responsável. A base das Lajes, na Praia da Vitória, ilha Terceira, está a sofrer um processo de reestruturação que levou as autoridades norte-americanas a dispensar cerca de metade dos trabalhadores portugueses, grande parte dos quais saiu por mútuo-acordo. "Estamos a meio deste processo. [Em relação aos] funcionários que quiseram sair voluntariamente, já os libertámos da forma como pretendiam. Esperamos estar dentro dos prazos previstos e esperamos completar este processo em março de 2016", explicou Richard Sheffe. O novo responsável norte-americano na base das Lajes Assegurou que tudo fará para que a redução laboral seja "o menos dolorosa possível" e que Portugal e os Estados Unidos saiam deste processo "tão fortes que eram no passado". O coronel admitiu, no entanto, que ainda existem algumas divergências entre os dois países relativamente ao processo de descontaminação dos terrenos utilizados pelos norte-americanos na ilha Terceira e sobre a forma de resolver os problemas ambientais provocados. "Fazemos questão de que todos os problemas, discrepâncias e diferenças de opinião em relação ao ambiente sejam resolvidas de forma apropriada", adiantou. Antes do início do processo de redução do contingente laboral, existiam 790 trabalhadores portugueses a desempenhar funções naquela estrutura. Na última reunião da comissão bilateral permanente (com representantes de Portugal e dos Estado Unidos) os norte-americanos comprometeram-se a ficar com 405 trabalhadores, embora 420 já tenham manifestado interesse em sair.