Novo chefe das Forças Armadas promete “fazer tudo” para fiscalizar mar dos Açores
4 de abr. de 2023, 19:32
— Lusa
“Obviamente
que a Armada tem as missões bem definidas e bem escalonadas no terreno,
de acordo com as suas capacidades. Vamos honrar este compromisso [de
proteção do mar]. E vamos fazer tudo o que podemos para continuar a
cumprir essa missão que é muito importante”, afirmou Nunes da Fonseca.O
general falava na sede da Presidência do Governo Regional, em Ponta
Delgada, após uma audiência com o líder do executivo dos Açores
(PSD/CDS-PP/PPM), José Manuel Bolieiro.No
início de fevereiro, o Governo da República propôs a nomeação do general
Nunes da Fonseca como CEMGFA, com efeitos a partir do dia 01 de março
de 2023.Nunes da Fonseca lembrou que a
proteção do mar é uma “responsabilidade inerente à atividade das Forças
Armadas" e reiterou a “disponibilidade” para apoiar a região em missões
de busca e salvamento e de proteção civil.“Manifestei
a disponibilidade das Forças Armadas para continuarem a servir no
limite das suas capacidades, com racionalidade e equilíbrio, as
populações da Região Autónoma dos Açores, cumprindo não apenas as
missões militares, mas também outras missões importantes no
arquipélago”, declarou.O presidente do
Governo Regional, José Manuel Bolieiro, elogiou a “ligação das Forças
Armadas com o povo açoriano”, exemplificando com o auxílio no
abastecimento à ilha das Flores durante o mês março ou no apoio à
população da ilha de São Jorge durante a crise sismovulcânica em 2022.Salientando
a “importância estratégica dos Açores no contexto nacional”, Bolieiro
alertou para a necessidade de meios para a proteção marinha.“Perante
os novos desafios, no que diz respeito às novas tecnologias e à
proteção do nosso mar, das novas áreas de reserva marinha protegida ou
mesmo da dimensão da nossa Zona Económica Exclusiva, há também essa
expectativa de os meios, todos eles, seja ao nível do Exército, Marinha
ou Força Aérea, poderem acompanhar a disponibilidade”, realçou.Na
segunda-feira, o presidente do Governo dos Açores anunciou a criação de
uma comissão interdepartamental com o objetivo de emitir diretrizes
políticas “fundamentais” que permitam liderar a fase final da rede de
áreas marinhas protegidas do arquipélago.O
governante social-democrata garantiu que a região irá definir, até ao
final do ano, a nova rede de áreas marinhas protegidas a criar no mar
dos Açores, para que o executivo possa atingir a meta da União Europeia,
de ter 30% do mar açoriano protegido, sendo 15% por cento totalmente
interdito à extração.